Assassin's Creed 2 [PC/PS3/X360] - Análise






Nunca matar foi tão gratificante... Link
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Veredicto

Quem nunca sonhou ser um assassino? Andar discreto pelas ruas, e matar quem traiu a nossa família?
É aqui que entra o Assassin's Creed 2. Mas, ao contrário do que possam pensar, não começam logo assim, feito doidos a matar tudo o que tem pernas. Há uma curva de aprendizagem no jogo, e, que por sinal, está muito bem conseguida.
Naquilo a que podemos chamar o prólogo do jogo, começamos com Desmond Miles a fugir com Lucy Stillman, de Abstergo Industries. É aqui que aprendemos a movimentar o nosso boneco, inclusive a combater, embora sem armas ainda.
Depois desta breve introdução, entramos na verdadeira história de AC 2. E começamos pelo princípio literalmente, com o nascimento de Ezio Auditore, e aqui é aqui que aprendemos a configuração dos botões, isto é [Triângulo/Y] para a cabeça, [Quadrado/X] para a mão armada, [Círculo/B] para a mão desarmada, e [X/A] para as pernas. E isto é a "bíblia" do jogo. Se tiverem sempre isto em mente, nunca se perdem.
Mas, como dizia um bocado mais atrás, não começamos com o assassino mau, que é temido por todos os templários, e que salta de edifícios para montes de feno (espectacular este pormenor!).
Não, nada disto. Começamos como um ser humano normal, em pleno renascimento na Itália, com montes de namoradas, muita pancada à mistura, e uns favores para a mãe. E com isto, acontece-nos aquilo que a Ubisoft queria que nos acontecesse: que criássemos alguns laços de afecto com estas pessoas, para sentirmos alguma raiva real quando nos traem momentos depois no jogo. E esse momento torna-se épico, com Ezio a vestir a capa de assassino. Vão sentir-se poderosos, e sem medo de nada. E é assim que começa a vossa enorme aventura (sim, o jogo tem cerca de 15 horas, muito mesmo) por Itália. Aproveitem-na, pois o jogo está magnífico.
Comecemos então pela jogabilidade. Esta é bastante difícil ao início, especialmente para quem não jogou o primeiro jogo, mas depois de algumas horas de habituação (o jogo obriga-vos mesmo a andar pelos telhados de Florença, para se habituarem aos controlos) torna-se bastante gratificante. Mas há alguns inimigos que são mesmo muito ágeis, e com estofo de cavalo, visto que não se cansam até os matarmos, tais como o Borgia Courrier e certos inimigos que conseguem ser mais ágeis que nós. E já que falamos em inimigos, permitam-me que vos fale do sistema de combate, que está fantástico. É de louvar as cenas em que vamos num grupo investir contra uma cidade defendida, e andamos todos à luta. Fazer contra-ataques, em que vemos uma pequena animação de Ezio a cortar as entranhas dos inimigos é do mais gratificante que este jogo oferece. Mas, não é de longe, a única coisa boa. Há puzzles, ao estilo de Prince of Persia, secções furtivas, e uma muito especial, uma parte onde podem voar. Mas isso fica segredo...
E é também um aspecto positivo, a imensa quantidade de collectibles no jogo, embora tantos que até possa ficar confuso, confundindo uns com os outros. São glyphs, codex pages, feathers e tombs. As tombs são relativamente fáceis de as passar a todas, porque são só 6, mas as outras são muito mais difíceis. Mas, por outro lado, ganham boas recompensas por apanharem-nas a todas, especialmente quando souberem o que ganham com todas as tombs...
Passando agora para o calcanhar de aquiles deste jogo, os gráficos. Apesar de não serem maus de todo, há muitos bugs neste jogo, mesmo em cutscenes, e o visual não impressiona. No entanto, proporciona paisagens lindíssimas, principalmente porque nos deixa (e devemos, para expandir o mapa) subir até ao topo dos edifícios mais altos de cada cidade. A água também está bem feita, a pele não está má de todo, mas podia estar bem melhor. Se o jogo fosse melhor a nível visual, era um delírio. Mas infelizmente notam-se também quedas de frames, quando há muitas pessoas ao mesmo tempo num determinado sítio. E isso prejudica um bocado a jogabilidade, que devia ser fluída para ser 100% eficaz. Já que voltamos a tocar neste ponto, aproveito para referir que por vezes o nosso boneco não faz aquilo que queremos, como por exemplo: quero subir uma parede, e carrego para ele saltar. Ele como não a consegue subir, vai contra esta, e salta para trás, e, por azar, pode cair de edifícios altos e podemos mesmo morrer desta maneira. E foi assim que morri a maior parte das vezes, com pequenos erros como estes, de não apanhar uma barra ou assim, que podem ser fatais. Mas de resto, o jogo é bastante fácil, pelo menos ao início. Ao longo que progredimos torna-se mais difícil, pois há mais inimigos, mais fortes e ágeis, e temos de pensar muito mais como havemos de passar por certas zonas.
Para concluir esta parte dos gráficos, queria dizer que realmente não são dos melhores que andam por aí, mas que também não são maus de todo, chegando até a impressionar em certas partes, nomeadamente as paisagens do topo dos edifícios.
Avancemos agora para a componente sonora. As vozes em italiano estão muito bem retratadas, e consegue-se mesmo distinguir o tipo de pessoa pela sua voz, como por exemplo, a voz "atrevida" de Ezio, e a descontraída de Leonardo da Vinci, passando pelas mais grossas, dos vilões da história. E também está bastante bem feito como muda este tom, consoante os estados de espírito das personagens. Ezio, por exemplo, quando mata um assassino e fala com ele dizendo-lhe para "descansar em paz", di-lo num tom sério, como se mostrasse mesmo respeito por essa pessoa.
A música também está bastante bem conseguida, sempre a adequar-se aos diversos momentos do jogo, embora por vezes um bocado repetitiva, mas é sempre uma componente importante ao longo de toda a história.
Por fim, resta-nos falar da longevidade, que dura cerca de 15 horas, sem contar com o tempo de apanhar todas as feathers e os restantes collectibles no jogo, e retirando também as missões secundárias. Tudo somado, pode mesmo chegar às 20 horas.
Queria também mencionar o rigor histórico deste jogo. É dos melhores alguma vez feito num videojogo. Desde a roupa, os costumes, os edifício, tudo está perfeito para que nos dê a sensação de estarmos em plena época do Renascimento. Muitas das personagens ao longo da história existiram mesmo, tal como Leonardo da Vinci, que, está muito bem representado, sendo totalmente fiel aos documentos históricos.
Vão haver muitas surpresas neste jogo, muitas memórias, e muita acção. Este jogo é para ser jogado com calma, se vão querer jogá-lo à pressa, não o vão apreciar como ele o merece ser.
E dêem também um tempo, principalmente até terem a capa de assassino. É que o jogo ao início pode ser um bocado aborrecido, mas com o tempo vão ver que a Ubisoft sabe aquilo que faz.
Explorem cidades, arranjem tácticas furtivas, orgulhem a vossa família, mas acima de tudo, sintam-se assassinos, e leiam o medo na cara dos templários...




-- Gráficos - 8.5/10

Como disse, não impressionam de todo, estando acompanhado por bastante bugs, e o sangue está mal feito. No entanto, não entanto, tem paisagens lindas, que chegam mesmo a impressionar, e que são uma lufada de ar fresco na acção do jogo.




-- Jogabilidade - 9.0/10

Podia ser mais precisa, no sentido em que por vezes Ezio não faz aquilo que queremos que faça, e isso pode resultar em quedas fatais.
Á parte disso, o combate é viciante, e matar é uma arte neste jogo.



-- Som - 9.5/10

Vozes em italiano muito bem conseguidas, e está praticamente perfeito a alteração do tom de voz consoante o momento do jogo e o carácter da personagem.
A música, embora ligeiramente repetitiva, representa bem o estilo de jogo, dando um ar misterioso ao jogo, e que incentiva a exploração.




-- Longevidade - 9.5/10

Há certos jogos que simplesmente não funcionariam bem no On-Line. Este é um desses. É muito difícil imaginar uma componente multi-jogador para este jogo, e se existisse, a sua probabilidade de sucesso era baixíssima. Assim, a produtora preferiu investir mais na experiência a solo, com vários tipos de collectibles, que nos fazem querer jogar mais este jogo, e fazendo uma campanha de longa duração, cerca de 15 horas. Além disso, depois de acabarem o jogo, podem perfeitamente andar por Itália, descontraidamente, matando, roubando, apanhando o resto das penas, o que quiserem. Se há jogos que merecem uma boa pontuação, mesmo sem terem On-Line, este é um deles.




Opinião final - 9/10

Matar é uma arte. É o que o jogo nos quer mostrar. Apesar de ser ligeiramente repetitivo (pois andar constantemente a fugir de guardas pode tornar-se irritante), há várias secções de puzzles, e ainda há as missões secundárias, tais como de assassinar uma certa pessoa, fazer corridas de carroças, entregar uma carta, entre outras, que contribuem para "desenjoar" da mecânica principal.
De resto, Assassin's Creed 2 naquilo que quer ser, consegue. O resto são pormenores a melhorar.





Cumprimentos,

Lopes ;)



1 comentários:

LastLombax disse...

Um dos melhores jogos que já joguei na minha vida.

O brotherhood também é muito bom e tamos agora à espera do Revelations!

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