[Análise] Donkey Kong Country Returns 3D



ANÁLISES

















2 anos e meio após o seu lançamento original para a Wii, Donkey Kong Country Returns chega agora a três dimensões para a portátil 3DS. O gorila mais conhecido do mundo está de regresso num dos melhores jogos de plataformas para consolas portáteis deste ano.

Veredicto

Há muito que não jogava um jogo de plataformas side-scrolling, e já quase me tinha esquecido do quão divertido e desafiante pode ser. A verdade é que, para mim, é disto que as consolas portáteis se tratam; não de jogos que demoram horas e horas a passar com uma história imersiva (porque para isso prefiro fazê-lo no conforto do meu sofá com uma consola doméstica), mas sim de jogos em que a única coisa que conta é a diversão.

Donkey Kong Country Returns 3D é daqueles jogos que podemos pegar nele um dia, jogar um nível ou dois durante uns minutos, e retomar noutro dia qualquer. É nisso que, na minha opinião, as consolas portáteis mais têm a ganhar: o descomprometimento de jogar um jogo quando me apetecer, durante o tempo que me apetecer.

As paisagens de fundo têm sempre uma surpresa ou outra

DK CR 3D traz uma variedade de níveis, que vão desde o verde da selva até ao vermelho do vulcão. São oito mundos ao todo (mais um secreto), cada um com as suas características e armadilhas próprias. Dentro de cada mundo terão de passar uns quantos níveis (ou menos, se desbloquearem um atalho secreto) para chegar ao boss desse mundo e prosseguir para o próximo. E, digo-vos já, alguns bosses não são pêra-doce.

Mas o que mais me agrada não é a variedade de cores em si, mas antes a variedade na jogabilidade. Desenganem-se aqueles que pensavam que iriam jogar todos os níveis da mesma maneira, apenas variando um ao outro monstro. Irão haver secções onde controlam um foguete, um carrinho de mina, terão de fugir de um barco, etc. Tudo isto ajuda a retirar a monotonicidade e repetitividade muitas vezes inerente e inevitável num side-scrolling.

A variedade de níveis ajuda muito a que o jogo não se torne repetitivo

Apesar de ser um port da versão da Wii, há várias diferenças. Graficamente, o jogo corre agora a 30 fps em vez dos 60 fps da versão doméstica. Para além disso, alguns personagens perderam as sombras. Isto deve-se, claro, há menor capacidade gráfica da 3DS.
Sobre o 3D em si, pessoalmente não achei positivo. Durante os primeiros minutos pode ser interessante mas começa a atrapalhar o jogo e a cabeça. Deixei-o desligado a grande parte do tempo.

Há também um novo modo de jogo, onde Donkey Kong e Diddy Kong têm 3 corações de vida cada um, em vez de dois, tornando assim o jogo mais fácil. Para além disso, há ainda itens adicionais na loja.

O jogo suporta também até 2 jogadores em modo cooperativo. Neste modo, um jogador controla Donkey Kong e outro o Diddy Kong. O segundo jogador pode, contudo, optar por controlar Diddy Kong separadamente ou subir às costas do Donkey Kong e passar o controlo apenas a este. O jogo fica assim mais fácil para este jogador, visto que só terá de se preocupar em disparar contra os inimigos.

Graficamente, não é dos melhores jogos da 3DS, mas também não atrapalha

Para todos os possuidores de uma 3DS que ainda não tenham comprado a versão Wii, Donkey Kong Country Returns 3D é fortemente recomendado. É um título divertido, viciante, desafiante e retrata o espírito de uma consola portátil.

A grande questão é se vale a pena para aqueles que já têm a versão Wii. Nesse caso, vai depender de jogador para jogador. Se querem mais de Donkey Kong e ter a possibilidade de levá-lo para todo o lado, então nesse caso vale a pena. Contudo, se já fizeram tudo o que tinham a fazer no jogo original, então talvez seja melhor deixar este de lado e esperar por outro bom título para a 3DS.

Para todos os efeitos, é um excelente título que só vem reforçar a panóplia de jogos da portátil da Nintendo.

Os níveis em que controlamos os foguetes são divertidos mas difíceis



Não surpreende, mas também não atrapalha. A queda para dos 60 fps para os 30 fps (em relação à versão da Wii) nota-se, sobretudo quando ligamos o 3D, que por si só não é dos melhores. Contudo, a variedade de cores e de paisagens acabam por contrabalancear, sobretudo o pormenor e detalhe humorístico de alguns inimigos e personagens.



É tudo do que uma consola portátil se trata: a possibilidade de nos divertirmos durante horas ou minutos, quando quisermos. A jogabilidade é super-divertida, muito desafiante e, acima de tudo, viciante. Quem gostou da versão da Wii certamente também irá gostar desta.



A orquestra sonora é brilhante, com músicas belíssimas que fazem as delícias dos nossos ouvidos. Combinam na perfeição com o espírito de cada nível e do jogo em si. Para além da trilha sonora, contudo, não há muitos mais efeitos sonoros ao longo do jogo (para além dos grunhidos dos inimigos), visto o (pouco) diálogo ser feito por balões de fala


.
Cada mundo demora entre 45 minutos a 1 hora para ser terminado. Há oito mundos ao todo, mais um secreto. Isto significa que demorarão entre 8 a 10 horas para terminarem o jogo, mas se quiserem apanhar todos os coleccionáveis demorarão muito mais. Depois disso, têm ainda o multijogador cooperativo para se aventurarem.



Sistema de pontuação

Donkey Kong Country Returns 3D retrata o carácter puro e nostálgico dos jogos de plataformas side-scrolling. É altamente recomendado para todos os que tenham uma 3DS e não compraram a versão da Wii. A Monster Games mostra que, nos tempos que correm, este tipo de jogos da "velha guarda" consegue proporcionar horas e horas de diversão e vício.



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