Numa entrevista exclusiva ao site Polygon Tim Sweeney, CEO da Epic Games falou do futuro do estúdio, assim como da mediática venda dos direitos de Gears of War à Microsoft.

No fim de Janeiro chegou-nos a notícia que a Microsoft tinha comprado os direitos da popular série Gears of War à Epic Games, o estúdio responsável por todos os jogos da série. Para alguns fãs da série, esta foi uma notícia controversa, se algo estranha, já esta era a série mais importante da Epic Games.


Sweeney veio então explicar o porquê de vender a sua jóia da coroa, e segundo ele, esta foi uma decisão natural, encaixada na mudança de direção do seu estúdio, que para muitos, tinha estagnado criativamente desde o lançamento de Gears of War 2 e a saída de Cliff Bleszinski da Epic Games.

Por muito que gostemos [de Gears of War], queremos mudar a nossa direção. Os valores principais de Gears of War, que passam por ser um jogo para consolas singleplayer, com grandes eventos e com uma espetacular mecânica de cover não correspondem ao que temos falado para o futuro com os jogos online competitivos e cooperativos.

Para Sweeney, vender à Microsoft foi a escolha mais lógica. Segundo o CEO da Epic, não havia intenção dentro do estúdio em fazer mais um Gears, e como tal o mais provável seria o franchise ficar "na prateleira" durante uma década ou mais. No entanto, a Microsoft queria que mais jogos da série chegassem às suas consolas.

Foi um daqueles raros momentos em que quer a Epic quer a Microsoft conseguiram fazer um negócio que beneficiava a comunidade. Vender um IP assim é raro, ninguém se quer desfazer da sua jóia da coroa, mas fomos práticos: não o iriamos utilizar, e o mundo quer mais Gears.

Quanto ao futuro da Epic Games, Tim Sweeney confirmou que Fortnite, um jogo anunciado no final de 2011 foi revitalizado e tem atualmente 90 pessoas a trabalhar. Para além disso, existem grupos mais pequenos concentrados em jogos ainda não revelados.