Depois do sucesso de World of Tanks, que já entrou inclusive no mundo dos eSports, a Wargaming quer levar agora o combate para os céus com World of Warplanes e futuramente para o mar com World of Warships. No que toca à simulação de combate aéreo, a aposta recai sobre os anos envolventes da segunda guerra mundial, considerada a idade dourada da aviação, quando dezenas de máquinas voadoras diferentes e em constate mudança, disputavam o domínio deste intenso terreno de batalha.
World of Warplanes é um MMO de acção, onde os jogadores
assumem o papel de um piloto de aeronaves de guerra, entrando em diversas
batalhas online onde adquire experiência e créditos que por sua vez serão
aplicados para construir uma carreira em constante progressão através da aquisição
de novos modelos de aviões históricos, que evoluem ao longo das tiers, desde biplanos
dos anos 30, até potentes jactos de guerra.
Facções e Classes
Assim como no seu sucessor terrestre, as facções disponíveis
em WoWP são quatro nações com vasta importância história para o evento e tipo
de combate em questão. Aqui, o jogador pode pilotar máquinas dos EUA, Alemanha,
USSR ou Japão, divididos em quatro classes segundo as suas características e função
em campo, sendo elas fighter, heavy fighter, ground-atack planes e
carrier-based aircraft.
Os fighters são a classe básica de combate aéreo,
encarregues de destruir aviões inimigos. São de manobrabilidade fácil,
respondendo melhor aos comandos do piloto, excelentes para uma dogfight.
A classe mais pesada de fighters, apesar de menos ágil,
possui um maior poder de fogo que é ideal para enfrentar as classes que mais
resistentes ao dano.
Perigosos para os alvos terrestres e marítimos, os
ground-atack planes são mais lentos e difíceis de navegar, compensando esse ponto
fraco com material resistente contra o armamento inimigo.
Por fim, as carrier-based aircraft, são naves que podem
transportar bombas e misseis, mantendo alguma agilidade e resistência, adaptáveis
ao combate aéreo.
De momento, o único modo de jogo disponível é o Standart Battle, que consiste num combate entre duas equipas de até 15 jogadores cada, numa vasta área aérea dividida igualmente entre os dois lados, com pontos terrestres e navais que possuem armamento anti-aéreo. Há duas formas de vencer a batalha: Eliminar todos os adversários ou encher a “escala de superioridade”, causando danos nas instalações terrestres e frotas adversárias ou nas suas aeronaves. Se o combate ultrapassar os 15 minutos, termina com um empate.
Este é o modo principal do jogo e a expectativa dos
produtores relativamente à integração dos diversos tipos de aviões neste campo
de batalha parece óbvia, no entanto, na nossa experiência com a beta fechada
foi possível observar que na prática o equilíbrio entre as quatro classes não
está ainda bem apurado, sendo que as aeronaves mais pesadas ficam
desesperadamente à mercê das mais ágeis, que facilmente se colocam em posição
de vantagem para combater os lentos gigantes que pouco ou nada podem fazer para
evitar a eminente morte. Apesar de ser função dos outros membros da equipa
defender estas naves estratégicas, em campo é bastante difícil fazê-lo. A contribuir para este problema está também a diferença de dificuldade entre
vencer através da eliminação de todos os adversários ou pela conquista de
superioridade, sendo que este último tipo de vitória é muito menos acessível. Tudo
isto faz com que a utilização dos pesados aviões destinados a destruir alvos terrestres
e navais caia em extremo desuso comparativamente às restantes classes.
Controlos e interface
e gráficos
World of Warplanes disponibiliza variadas hipóteses e
combinações de controlos para comandar os seus aviões de guerra, mas foca a sua
preferência num periférico incomum no que toca à simulação aérea. O rato pode
ser utilizado para controlar a maioria das acções, bastando apontar para a
direcção pretendida, para que o avião desempenhe as necessárias operações mecânicas
para desenhar a manobra. Contudo, quando o objectivo não é voar numa
trajectória básica sem mudanças bruscas, o rato falha redondamente. Logo no
primeiro confronto que encontrarem com um inimigo aéreo, vão dar por vós próprios realizando violentos movimentos com rato a percorrer todo o tapete variadas
vezes, enquanto tentam entender que direcção estão a tomar numa imagem desenquadrada
uma vez que a câmara está também associada ao rato.
Felizmente os controlos são completamente costumizáveis e
podem atribuir teclas para comandar a vossa máquina nas alturas mais apertadas
e manter (ou não) o rato para as manobras primárias, uma vez que nestas é
bastante prático e simples de utilizar, compensando em rapidez o que perde em
precisão.
A interface apresentada durante a batalha é também
modificável entre três tipos diferentes, Minimal, Standart e WoT, sendo também
possível escolher o tipo de radar utilizado entre um mini-mapa ou um mais
realista radar.
Falando então de realismo visual, WoWP apresenta réplicas satisfatoriamente detalhadas no que toca às aeronaves, deixando bastante a
desejar na representação de todo o restante mapa, bases terrestres e forças
navais, que apesar de não fazerem parte das prioridades no que toca a estes
jogos mais arcada, estão muito abaixo dos padrões actuais.
Hangar, progressão e
costumização
O hangar é a base de todo o jogo, onde estão os aviões
adquiridos pelo jogador. Aqui é possível escolher o veículo que irão utilizar
na próxima batalha, seleccionar o modo de jogo pretendido e levantar voo para o
ecrã de matchmaking, onde serão colocados em combates contra pilotos com
aeronaves na mesma tier, nivelando o jogo. No caso de morte em batalha, se não
quiserem ver o seu final através dos olhos de um companheiro de equipa, também não
é possível recomeçar nessa mesma batalha, nem sequer utilizar o mesmo avião
noutra enquanto aquela não terminar.
O menu do hangar é também a via de acesso para a progressão
do jogador na carreira de condução de aeronaves. Distribuídas por quatro
árvores de progressão diferentes, as quatro nações do jogo possuem dez níveis
cada, sendo ainda possível enveredar por dois caminhos diferentes, excepto para
o Japão que de momento só tem uma linha de evolução. É aqui que são utilizáveis
todas as três moedas do jogo. Experiência é gasta para pesquisar a aeronave
seguinte, desbloqueando-a para a poder comprar com créditos. O ouro, cuja
aquisição depende do pagamento de dinheiro real pode ser utilizado para comprar
aviões únicos, que apesar de não trazerem nenhuma vantagem aos jogadores que os
compram, são modelos de importância histórica.
Para prosseguir para o tier seguinte, o jogador não precisa de
comprar todas as máquinas anteriores, apenas a “pesquisa” de nova tecnologia
segue obrigatóriamente a escadaria passo a passo.
A variedade no que toca aos veículos de guerra não termina
nos diferentes modelos que é possível adquirir, sendo possível modificar peças
para aumentar características específicas, como comprar um melhor motor para
aumentar a velocidade ou novo armamento para incrementar o dano causado. Nesta
fase beta a variedade de peças adquiríveis é ainda escassa, e esperamos mais
para a versão final.
Finalmente, a pintura dos aviões é também modificável,
podendo por exemplo o jogador cobri-lo com um tema camuflado ou dar-lhe um ar mais feroz
com uma reconhecível aparência de tubarão. Mais uma vez, jogadores com ouro tem
acesso a raros padrões extra, e jogadores que desempenhem certos feitos em
combate serão recompensados com pinturas identificativas da sua proeza.
Grau de expectativa
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A versão final de World of Warplanes ainda não tem data de lançamento anunciada, mas será publicada exclusivamente para PC.
No seu estado actual o jogo promete muitas horas de diversão para os fãs das batalhas aéreas da segunda guerra mundial, com muitas dogfights intensas e disputadas, muitos aviões para coleccionar e modificar. A margem de melhoramento não é muito grande na fase corrente, mas espera-se que a Wargaming aproveite os dados da beta fechada e equilibre as classes e as estratégias para vencer e insira mais conteúdo a nível de modos de batalha e modificações mecânicas disponíveis.
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