Qual foi a melhor conferência da E3 2014?



CRÓNICAS



Depois de terminadas as principais conferências da E3 deste ano, o Gamer Source faz um rescaldo de tudo o que foi mostrado e as surpresas apresentadas por cada companhia. Foi uma boa E3? Ou deixou algo a desejar?

Caso não tenham visto alguma das conferências (ou nenhuma até), deixo aqui em baixo os resumos das mesmas, escritos de forma sintetizada e com todos os vídeos apresentados:

Analisando primeiro a apresentação da Microsoft, gostei dos exclusivos novos apresentados, nomeadamente Scalebound, Crackdown e Inside. Também gostei do que vi daqueles que já conhecíamos pré-E3, como Sunset Overdrive e Forza Horizon 2. A companhia adoptou a política de apenas falar de jogos durante a conferência, o que é de aplaudir dado o historial da companhia de se focar fortemente nos serviços e na visão da Xbox One como uma box multimédia.

Contudo, não achei que tivessem mostrado gameplays suficientes. Dos que mostraram, a grande maioria eram de jogos multi-plataformas, como Call of Duty: Advanced Warfare e The Witcher 3: Wild Hunt. Claro que são jogos promissores, mas não é isso que destaca a Xbox One em relação à concorrência.

Aquilo que pedia era mais exclusivos (um novo Gears of War ou Alan Wake seria excelente) e um maior foco em gameplays concretos dos first-party. Nem sequer ouvimos falar de Quantum Break, outro jogo tão esperado. E a atenção dada a Halo 5: Guardians foi de todo insuficiente: queríamos ter a certeza de que estaria tão brutal como os jogos anteriores da série, e tudo o que mostraram foi dois trailers pré-renderizados.



A conferência da Electronic Arts começou muito bem, com vídeos de Star Wars Battlefront, Dragon Age: Inquisition e o novo Mass Effect. Anunciaram até que uma parte da BioWare está a trabalhar num novo IP, aparte de Mass Effect. Exclente.

Contudo, vieram depois The Sims 4 e praticamente todos os jogos de desporto da companhia. Se são fãs de alguns deles, então devem ter gostado bastante desta conferência. Mas se, como eu, não apreciam especificamente jogos de desporto, então grande parte foi um pouco entediante.

Só no final é que retomou o interesse, com Mirror's Edge (apesar de me parecer demasiadamente semelhante com o anterior, pelo menos para já) e um Battlefield Hardline (que também me pareceu mais semelhante com Battlefield 4 do que estava à espera).



A conferência da Ubisoft foi das que mais gostei. Em primeiro lugar tinha logo uma excelente apresentadora, a actriz e comediante Aisha Tyler que apresentou um discurso descontraído e fluído, ao contrário de alguns oradores pré-formatados de outras companhias.

Abriu logo de maneira excelente, com os primeiros 5 minutos de jogo de Far Cry 4, que mostram um enredo no mínimo interessante. Tom Clancy's The Division também teve direito a um trailer, assim como The Crew.

Mas aquilo que realmente interessa, gameplays, esteve presente em Assassin's Creed Unity. Gostei muito daquilo que vi (e do cooperativo para quatro jogadores), sobretudo pelo visual trabalhado e pela quantidade de pormenores e NPC's ao mesmo tempo, algo que não era possível na geração anterior. Ponto positivo para o facto de terem removido HUB do jogo, pelo menos nesta demo, o que dá um aspecto mais limpo ao jogo.

Houve alguns momentos mais secantes/embaraçosos, como o pessoal a dançar com telemóveis em Just Dance 2015 e uma competição de flexões em Shape Up.

Mas o melhor estava guardado para o fim, quando Yves Guillemot subiu ao palco para apresentar Tom Clancy's Rainbow Six Siege. Apesar de não ser o mais original, achei muito bom o conceito do jogo e mal posso esperar para o poder experimentar. Se a destrutividade do cenário for igual à que apresentaram será óptimo.



A Sony é a conferência em que depositava mais expectativas. Tinha tantos títulos potenciais: The Last Guardian, God of War 4, The Last of Us 2, Project Beast, Uncharted 4, novo jogo da Media Molecule, enfim... Se a companhia tivesse feito surpresas para todos estes títulos, seria sem dúvida a melhor conferência a que já assisti.

Contudo, tocou em apenas parte deles, o que mesmo assim já me deixou satisfeito. Fiquei contente com LittleBigPlanet 3 e o esforço por reformular a série com novas personagens; gostei de ver o lado mais sombrio de The Order: 1886 (só espero que não seja tantas cutscenes e pouco gameplay como pareceu ser na demo); o DLC de inFamous: Second Son parece bom e, claro, Uncharted 4: A Thief's End parece brutal pelo trailer.

Também houve alguns indies e third-party interessantes mostrados, mas por amor de Deus... houve ali uma altura a meio que foi uma seca: puseram-se a falar das estatísticas da PS Network, dos não-sei-quantos jogos free-to-play que chegarão, da beta do PS Now, da PlayStation TV... Acredito sinceramente que isto irá interessar a determinado público mas, para mim, foi ali uma meia-hora pouco emotiva da parte da Sony.

No geral, gostei bastante e mostraram aquilo que deviam mostrar. Se podiam ser mais concretos e ainda mais entusiasmante? Sim, mas a culpa em parte foi também nossa de criarmos tantas expectativas. 



A melhor conferência para mim, e sei que muita gente vai discordar, foi a da Nintendo. Quer dizer, não foi bem uma conferência... Ao contrário das outras companhias, a Nintendo fez a sua própria livestream pré-gravada. Por um lado é bom, fica uma apresentação mais curta e concisa (e até com legendas em português), por outro lado haverá pessoas que gostam da emoção de um palco.

Mas falando sobre a conferência em si, a Nintendo foi directa e eficaz mostrando de rajada uma quantidade enorme de exclusivos: Super Smash Bros., Yoshi's Woolly World, Captain Toad: Treasure Tracker, The Legend of Zelda, Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire, Bayonetta 2, enfim... uma longa lista.

E, ao contrário das outras conferências, mostraram em quase todos os vídeos gameplay concretos do jogo. Claro que há alguns jogos menos entusiasmantes: não são todos que gostam de Kirby, Toad, Yoshi, etc.

Mas, para os fãs, a Nintendo fez a melhor conferência possível. A razão porque muita gente discorda é porque não gosta dos exclusivos da Nintendo, e então não achou big deal aos exclusivos apresentados. Mas em termos de servir os seus clientes e trazer novidades, a Nintendo foi líder. E aquele Zelda...



Resumindo, eis as conferências por ordem das que eu mais gostei:

Nintendo > Sony > Ubisoft > Microsoft > EA

Mais uma vez isto é a minha escolha pessoal, determinada pelos meus gostos pessoais de entre os títulos que foram mostrados em cada conferência. Quem dá preferência a outros géneros de jogos, certamente se terá sentido mais agradado por outras apresentações.

E tu, qual foi a conferência que mais gostaste?



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