Alienation - Análise



ANÁLISES



















Todos nós que compramos uma PS4, sabemos que temos de comprar pelo menos um jogo senão nem iremos dar uso à nossa nova compra. O que poucos podem-se lembrar, ou saber, é que existe um jogo gratuito oferecido a todos os usuários da PlayStation 4. Resogun foi inicialmente um dos jogos de lançamento da consola da Sony através do serviço PS Plus, mais tarde disponibilizado gratuitamente devido ao enorme sucesso do mesmo. Hoje iremos ver o novo jogo dos mesmos criadores lançado agora em Abril: Alienation.

Veredicto

Em primeiro lugar devo dizer que não sou o maior fã de twin shooters. Apesar disso gostei bastante de Resogun e do remaster que a Housemarque fez com Dead Nation: Apocalypse Edition. São jogos simples em modo arcada, onde usamos um dos analógicos para movimentar o nosso veículo/personagem enquanto o outro analógico tem o objetivo de apontar o dito cujo na direção geral de onde queremos disparar. Alienation no entanto consegue ir além do género e implementar como nunca antes o sistema de RPG. Não digo RPG no sentido de interpretação de personagens, digo apenas as mecânicas relacionadas com as melhorias no nosso personagem. Existem muitas similaridades com Destiny, Dead Nation e Diablo.


Existem muitas similaridades com Destiny, Dead Nation e Diablo.


Em Alienation, o planeta Terra foi invadido por uma raça alienígena aos quais chamamos de Xenos. A guerra tem sido difícil mas graças ás inovações nas armaduras e exosqueletos desenvolvidos durante a invasão, os humanos podem finalmente combater de igual para igual. Fazes parte de um grupo dedicado à libertação do planeta Terra do qual existem várias filiais pelo mundo todo. Esta pequena sinopse é no entanto apenas a entrada para uma história medíocre. É contada através de rádio e de pequenas introduções que nos fornecem no início da cada missão. Mas... também não é aqui que a Housemarque pretendia brilhar. É em tudo o resto.


Assim que começamos a nossa campanha, temos de escolher com que classe vamos jogar. Temos o Bio-Specialist, Tank e Saboteur. Que podemos comparar com o Warlock, Titan e Hunter do Destiny. Muito semelhantes nas suas habilidades e modo de jogar (com exceção do primeiro que consegue regenerar vida aos companheiros feridos). Cada um com o seu sistema de progressão e upgrades interessantes. Mesmo assim não é aqui que as comparações com Destiny vão acabar. Temos um mapa-mundo onde selecionamos as missões que vão sendo desbloqueadas à medida que terminamos a anterior e painéis onde podemos fazer melhorias nas nossas armas.


Existem picos de dificuldade em que ficamos a pensar se devíamos estar já naquele mapa.


As armas propriamente ditas estão divididas em três categorias, Primária, Secundária e Pesada (e mais uma vez, para selecionar a "Pesada" é pressionar e segurar o triângulo). Armas estas que também estão mais uma vez divididas em níveis e em qualidade e/ou raridade. Igual ao código de cores de Destiny e outros RPGs começamos com armas Brancas, subindo para Verde, Azul, Roxo e finalmente Laranja (amarelo em alguns RPGs). As armas tem um sistema de reroll, que vos permite gastar alguns recursos (que ganham por desmantelar armas) para rolarem novamente algum dos stats da arma que mais gostam. Quanto maior for a raridade ou qualidade da arma, mais slots tem. As armas dispõem de slots onde podem colocar vários cristais para aumentarem o poder da mesma. Até mesmo o modo como melhoramos esses cristais é intuitivo e simples (pena não conseguirmos retirar por completo um cristal da arma). Tive a sorte de obter a nível 9 uma Xenorifle Laranja, e depois de todos os upgrades ela mantinha acerca de 2,400 de dano por segundo, uma melhoria severa em relação à minha Xenorifle anterior (Azul com 700 de dano por segundo).


É essa uma das melhores partes do jogo. O loot que arranjamos. À medida que jogamos conseguimos notar a dificuldade a subir consideravelmente. Existem picos de dificuldade em que ficamos a pensar se devíamos estar já naquele mapa. Nada que uma arma nova não resolva. Nota-se bastante a diferença quando conseguimos uma arma melhor. Habituaram-se ao sistema de recarregamento da arma em Gears of War? Ótimo, pois irão precisar.


Temos locais que vamos visitando várias vezes mas o jogo consegue fazer um bom equilibro entre os locais.


Em questão de armas podemos dizer que estamos um pouco limitados, mas isso não será um grande problema. Em termos de armas primárias temos pouca variedade, comparando com armas secundárias e granadas. No local onde escolhemos a "granada" temos a opção de usar outros complementos como o Boomerangue (absolutamente destruidor e o meu preferido de longe), Cluster Bomb e Minas. Isto convém bastante pois existe uma boa variedade de mecânicas que os inimigos utilizam contra nós. Existem os já habituais atiradores furtivos, extraterrestres com escudos gigantes (Boomerangue resolve o problema num piscar de olhos) ou os que explodem quando se aproximam, mas ficamos a olhar duas vezes quando nos deparamos com os invisíveis e os saltitantes... especialmente porque estes últimos tem a mania de fingir que morrem para na verdade se meterem invisíveis e nos saltar para cima quando menos esperamos. Infelizmente é aí que a variedade fica. Existe um Bestiário no jogo onde podemos ver cada um e... realmente vemos muita diferença, é verdade, mas metade do bestiário é o mesmo modelo com uma pequena mudança como pernas mais pequenas ou cor diferente. Mas sejamos sinceros, raramente vão estar a olhar parados para o inimigo. Vão estar é a descarregar 50 quilos de balas nas suas carapaças!


Os mapas são bastante variados felizmente. Temos locais que vamos visitando várias vezes mas o jogo consegue fazer um bom equilibro entre os locais. Isto acontece mais porque podemos estar numa zona desértica, na missão seguinte ir para neve e logo a seguir voltar para a floresta tropical. Não só estão atulhados com extraterrestres feiosos e maus como com imensas caixas com armas e munições. Não serão poucas as vezes que ao ir do ponto A ao B se perdem pela matança e pelo loot dos inimigos. Não serão poucas as vezes que ficarás com vontade de ir ao ponto vermelho no mini-mapa para matar aquele boss. Os mapas não só têm várias entradas (depende onde começa a missão) como existem checkpoints em muitos sítios. À medida que a missão avança podemos clicar num checkpoint e todo o nosso grupo revive lá quando morrerem.


Alienation é bem capaz de ser um dos melhores jogos co-op (fora do sofá) deste ano e quem sabe de todo o reportório da PlayStation 4.


Espera aí… o nosso grupo? Sim, Alienation é bem capaz de ser um dos melhores jogos co-op (fora do sofá) deste ano e quem sabe de todo o reportório da PlayStation 4. Infelizmente devido à confusão que há no ecrã, seria imprático ter dois jogadores a jogar na mesma consola. É bastante fácil de entrar numa missão e chamar os nossos amigos online para uma rodada. As habilidades não se complementam, mas ajudam bastante quando um amigo se encontra num aperto. E se não tivermos nenhum amigo com quem jogar? O jogo fornece automaticamente outros jogadores que estejam a fazer a mesma missão. Com 4 jogadores ao mesmo tempo na mesma sessão, uma bela melhoria em relação ao jogo anterior Dead Nation. 


Não contem com música inspiradora, apenas acima da média. Existem tantos efeitos sonoros que o mais certo é nem repararmos. Os que ouvimos são facilmente esquecidos mas essenciais para o momento. Apesar disso consegue-se sentir a qualidade e dedicação da equipa de desenvolvimento pois um dos pontos fortes do jogo (tal como foi em Resogun) é o grafismo. Visualmente brilhante e com animações fluídas, o que vemos no ecrã é o que mais fica connosco após desligarmos o jogo. Explosões constantes, hordas de inimigos a serem dizimados, luzes brilhantes em cada canto e o próprio mapa está bem definido. É decididamente algo que chamaria nossa atenção se passássemos e víssemos alguém a jogar.


Não contem com música inspiradora, apenas acima da média.


Infelizmente nem tudo é rosas. Após algumas horas a jogabilidade entra no problema da maioria dos twin shooters em que acabamos por desligar o cérebro e simplesmente ir andando e disparar. Esta situação é mais em solo, mas até com amigos chega a acontecer. O que nos salva disto é quando arranjamos alguma arma nova ou desbloqueamos alguma melhoria. Se não fosse esse pormenor, ao fim de umas horas eu teria pousado o jogo por já não me estar a dar nada de diferente de tudo o que já deu. As missões são repetitivas e com objetivos que são os mesmos, camuflados com "clicar no X para fazer scan nisto" em vez do "clicar no X para investigar o que aconteceu". Existe umas poucas onde acontece algo diferente, mas não é de se notar.


Visualmente brilhante e com animações fluídas, o que vemos no ecrã é o que mais fica connosco após desligarmos o jogo.


Chegados a nível 30, é desbloqueado novos modos onde existem mapas criados aleatoriamente portanto existirá sempre incentivos para continuar a jogar após o fim do jogo. Apenas para os fãs do estilo pois chegar a nível 30 não é para jogadores que não adorem o gameplay. Podem acabar por pousar o jogo antes de lá chegar.


Não são os melhores fornecidos pela PS4 mas são lindos o suficiente para se notarem. O ecrã irá brilhar com explosões e luzes psicadélicas e com os corpos dos nossos inimigos... até se dissolverem.


Simples e rápido de aprender. Usar as habilidades na altura certa dão um certo entusiasmo mas se não forem fãs do género, muito possivelmente irão acabar por adormecer em alguma altura.


Nada fora do comum em relação a música, os efeitos especiais das armas e dos inimigos estão bem conseguidos. O voice acting podia ser melhor mas não está mau de todo.


Muito divergente este tópico. É um bom bocado que vão passar com amigos e existe definitivamente conteúdo para vos durar mais de 20 horas. Agora depende é se entre as 7h e as 15h vocês se cansaram ou não.


Sistema de pontuação
Um jogo sólido e sem dúvida que pelo preço é uma boa adição à coleção de qualquer um. Acredito que num futuro breve poderá aparecer na PS Plus devido ao já conhecido histórico entre a Housemarque e a Sony.
Se gostaram de Helldivers, e Dead Nation: Apocalypse Edition, de certeza que vão gostar deste, tanto até que estes já saíram como jogos gratuitos do serviço PS Plus e comparando com estes, só houve melhorias. Se não gostarem do género, esperem por uma baixa de preço ou saída no PS Plus.



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