2ª Edição da entrega dos Prémios PlayStation - Reportagem



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Decorreu na passada tarde do dia 19 de Janeiro a cerimónia de entrega da segunda edição dos Prémios PlayStation, uma iniciativa que pretende promover e premiar os melhores projectos de desenvolvimento de videojogos em Portugal.

O vencedor da edição de estreia do ano anterior foi Strikers Edge, um título muito promissor que está a fazer bastante sucesso não só em Portugal como em todo o mundo.

Este ano as categorias eram as mesmas, uma principal e outras cinco secundárias. O grande vencedor foi VRock da Game Studio 78, um jogo que faz uso do PlayStation VR para colocar o jogador num concerto de rock. Infelizmente, para quem nunca o experimentou, ainda é difícil perceber em concreto como se jogará, visto que o vídeo de poucos segundos mostrado e as imagens para já apresentadas apenas revelam uma ideia promissora do que será o jogo em si.


Por esta distinção, a Game Studio 78 receberá 10.000€, kits de desenvolvimentos PS4, um espaço físico temporário para poderem trabalhar e ainda campanhas promocionais nos canais da PlayStation avaliadas em 50.000€.

Nas restantes categorias, os vencedores foram:
  • Prémio para Melhor Arte: Hell Keeper, do estúdio Badaguedes
  • Prémio para Jogo Mais Inovador: VRock, do Game Studio 78
  • Prémio para Melhor Utilização das Plataformas PlayStation: Gateway, do SpellCaster Studios
  • Prémio para Melhor Jogo Infantil: An Aztec Tale, do estúdio Cake Collective
  • Prémio da Imprensa: Shutix, do Indot Game Studio


A cerimónia abriu com um comédia de improviso d'Os Improváveis (vídeo embaixo), uma actuação que no geral teve os seus altos e baixos. Claro que gostos são gostos, mas repetir a palavra "porno" cinco vezes só reforça o estigma da sociedade de que os videojogos ainda são coisas de crianças.

Em constaste, aquela que poderia ter sido a palestra mais interessante do dia, pela doutora Ana Amélia Carvalho, Professora Catedrática de Ciências da Educação na Universidade de Coimbra que apoia o uso de videojogos na educação das crianças, passou completamente ao lado da maior parte dos presentes. Abordar temas como os pilares do conceito de jogo, a relação do cérebro humano com os sentimentos que jogar nos desperta e até a responsabilidade social para com as crianças e vantagens que os jogos lhes podem trazer, claramente não eram do interesse da plateia presente.

É possível argumentar que este não seria talvez o melhor sítio ou a melhor altura, mas em Portugal os videojogos já têm tão pouco tempo de antena que se não for em eventos como estes que demonstramos a nossa maturidade e preocupação com este tema, nunca vamos ser levados a sério. E interromper de forma embaraçosa o discurso da doutora Amélia Carvalho com música, numa maneira de dizer "já chega por favor", só fortalece a ideia de que ainda não estamos crescidos o suficiente.


O evento contou ainda com outros convidados de fora que subiram ao palco para entregar prémios, como a doutora Isabel Neves, presidente do Business Angels e que alguns deverão conhecer do programa "Shark Tank", e o cineasta Edgar Pêra.

De elogiar ainda o espaço dedicado a dois projectos da escola ETIC no âmbito do PlayStation First, uma iniciativa que permite aos cursos de desenvolvimento de jogos oferecerem aos estudantes a possibilidade de aprenderem a programar para a PS4, e do qual o Instituto Politécnico de Leiria também já faz parte.


No geral, acredito que é de aplaudir iniciativas como esta que pretendem alavancar a indústria de desenvolvimento de videojogos em Portugal, que cada vez conta com mais projectos e equipas com ideias criativas.

Os Prémios PlayStation é uma iniciativa de sucesso e que se pretende manter por mais anos, com uma terceira edição já confirmada. Desejamos ao projecto vencedor muito êxito para os meses de trabalho árduo que agora se seguem para que no final possamos todos experimentar o jogo nas nossas consolas em casa.



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