Crónica 7: Diversificar é enriquecer - Parte 2



CRÓNICAS



Esta é a continuação da Crónica número 5, para a lerem, vão aqui. Nela, propus-me a jogar um género que nunca tinha jogado, os RPGs, e apontem alguns prós de diversificar os jogos que jogamos.

Comecei por pegar no último jogo da saga Elder Scrolls e fenómeno de vendas do ano passado e lá fui chatear um amigo para me emprestar o Skyrim. Pensei que talvez devido a ser um jogo que é tanto em open-world como se passa na primeira pessoa, que se adequasse mais a mim, por serem géneros e mecânicas que geralmente me aprazem. E devo dizer que me diverti enquanto joguei. Gostei bastante da história e dos enredos que a Bethesda criou num mundo tão rico (se bem que não é o meu background favorito, a mitologia Nórdica nunca foi a minha praia). E também verifiquei o que já tinha dito que era um entrave para eu não jogar um RPG: Requer demasiado tempo, tempo que não disponho usualmente.


Mas, por uma qualquer razão que não consigo explicar, nunca mais lhe toquei. Estava a fazer uma sidequest enorme e, já no fim, deixei de jogá-lo. Foi também numa altura mais atribulada de testes e chatices dessas, mas mais do que isso, não o quis jogar. Cada vez que pensava em meter o Blu-Ray na consola arranjava uma qualquer desculpa para não o fazer. Ora era outro jogo que também estava a passar (sendo esse o Grand Theft Auto: San Andreas que estou atualmente a passar pela 3ª vez), ora era outra qualquer coisa como surfar na net ou ouvir música. O jogo já o devolvi ao tal colega que mo tinha emprestado. Talvez durante as férias de Verão o peça outra vez e continue a aniquilar dragões em Skyrim.


O seguinte jogo que tentei jogar foi Final Fantasy X. Aqui há uns tempos, e com a ajuda de um emulador, comecei a jogar Final Fantasy VI, e pela mesma razão obscura que Skyrim deixei de jogar. Isto é, estava a gostar do jogo, aliás até estava a fazer um "vamos jogar" para o meu então blogue pessoal, mas por falta de tempo e por ter então ingressado para o Gamer Source, nunca mais lhe toquei. É também um jogo que quero jogar, e como acontece com Skyrim, talvez no Verão continue a jogar, e acabe o tal "vamos jogar". Enfim, e voltando a Final Fantasy X, este foi um jogo que também não consegui jogar. Aliás, este ainda joguei bem menos do que Skyrim, apenas o meti na Playstation 2 uma vez, joguei duas ou três horas, e deixei ficar o CD a apanhar pó.

Estava então prestes a desistir, e dar-me por vencido. Até que à dois dias vi uma promoção bastante interessante no site Good Old Games, em que o Fallout original estava a uns míseros zero euros (leia-se, grátis). Em tempos difíceis como estes, temos de aproveitar tudo o que seja grátis, e não pensei duas vezes, fiz o download e num instantinho estava a experimentar aquele que alguns dizem ser o melhor jogo já alguma vez feito... E a magia aconteceu, permitam-me o cliché! Desde então estou agarrado e ansioso por descobrir mais sobre o intrigante mundo pós-apocalíptico que Brian Fargo e a Interplay magistralmente recriaram neste jogo de 1997. E devo dizer que o jogo até que envelheceu bem, para quem completa este ano década e meia. Claro a nível de gameplay notam-se alguns problemas, mas o que penso que o tornou único há 15 anos atrás continua a fazê-lo.


E este é o que me tinha interessado por RPGs desde o princípio: os enredos que são criados dentro de uma história maior. A premissa cai um pouco no cliché, temos um número de dias para encontrar um purificador de água antes que esta se esgote no Vault onde o protagonista e a sua família vivem, uma espécie de bunker onde algumas pessoas habitam depois de uma segunda Guerra Fria concretizada. Mas o mais espantoso é as personagens que encontramos pelas cidades que vamos percorrendo, e pelas opções que o jogo nos dá. Esta é realmente uma aventura totalmente personalizada, quer seja pela criação do nosso avatar, quer seja pelas escolhas morais, e não só, que temos de fazer ao longo do jogo. É sem dúvida um jogo que recomendo a todos os que querem experimentar um RPG passado num mundo pós-apocalíptico e estão dispostos a esquecer alguns sinais de envelhecimento.

Outro jogo que também comecei a jogar, que não é RPG, mas que me fez despertar para outro género que são os Action RTS foi League of Legends, o prodígio da Riot Games, e jogo F2P. Há muito que alguns amigos e conhecidos online me recomendavam que o jogasse, e como há uns anos andava viciado nos jogos da série Command and Conquer, decidi experimentar. E também foi mais uma boa surpresa. Fez-me lembrar os tempos em que o vício era jogar Counter Strike com os amigos, não pelo gameplay, como é óbvio, mas pela competitividade. É um jogo que vou ter de largar quando começar a ter aulas, se quero jogar outros jogos, mas que de certeza que durante o Verão voltarei a pegar.


Conclusões? Dicas? Não desistir é a regra número um. Se queres mesmo começar a jogar um género que habitualmente não jogas, tenta fazer o máximo para jogares todos os jogos que te pareçam que condizem com os teus gostos. Depois, não tenhas medo de ir oldschool. Aliás, esta dica é para qualquer género, o retro-gaming é algo que faz bem a toda a gente, nem que seja para aprender mais sobre a indústria que tanto adoramos. E também geralmente são mais baratos que jogos desta geração de consolas. Portanto, só tenho de desejar boa sorte, e boas descobertas!

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