[Antevisão] Call of Duty: Black Ops 2























A série anual Call of Duty tem-se tornado, ao longo dos últimos anos, um dos franchises de peso da indústria dos jogos e que maior lucro tem gerado. O último jogo lançado, Modern Warfare 3, já vendeu mais de 27 Milhões de unidades em todas as plataformas em que foi lançado, tornando-o no jogo mais vendido da série. Na Xbox Live, o último Call of Duty lidera quase constantemente a tabela de mais jogados, descendo no rank unicamente aquando do lançamento de outros títulos de peso, como Halo.

Contudo, Call of Duty não foi sempre assim. O verdadeiro impulso da franquia surgiu com o lançamento em 2007, pela Infinity Ward, daquele que a maioria dos fãs considera ser o melhor da série - Call of Duty 4: Modern Warfare. Com este título, o franchise tinha dado uma reviravolta, focando-se agora, pela primeira vez, na guerra actual e influenciando fortemente o mercado dos first-person shooters. Muitos jogos posteriores se inspiraram na fórmula de sucesso de COD 4. Contudo, a partir deste título, os fãs começaram a queixar-se da perda gradual de qualidade. Sempre que era lançado um novo Call of Duty dizia-se que o anterior era bem melhor e por aí fora, até chegarmos a Modern Warfare 3, que tem sido fortemente criticado (pelos fãs, a imprensa continua a gostar).


A Treyarch sempre tentou inovar em cada jogo que lançava, ao contrário da Infinity Ward que preferia seguir o lema "em equipa que vence não se mexe". Contudo, e as coisas são para ser ditas como são, as verdadeiras mudanças da séria foram dadas pela Infinity Ward, sobretudo no multiplayer: foi a IA que introduziu o sistema de perks, de clan tags, perks pro, killstreaks, e a  Treyarch foi atrás nos jogos que lançava.

Com Black Ops 2 os jogadores esperam definitivamente ver algo diferente (embora muitos sejam contra a mudança). Sem dúvida o que salta logo à vista é a ambientação do jogo: agora estamos num futuro próximo, mais precisamente no ano 2025. É uma espécie de Guerra Fria do séc. XXI, onde os E.U.A. se encontram em guerra com China pelos materiais tecnológicos avançados. A China bloqueou a exportação de elementos raros e preciosos de modo a ganharem maior poder.
A Treyarch afirma que a história é baseada numa possibilidade real no mundo, já que a China controla neste momento 95% dos materiais raros usados para fazer dispositivos e armas bélicas.

O vilão de Black Ops 2 será Raul Menendez que, aproveitando-se deste conflito entre nações, irá tentar com que as duas partes se virem uma contra a outra numa enorme guerra e se aniquilem. Para isso, irá criar altercações e desentendimentos entre a China e os EUA, hackeando os seus robôs e drones. 
Menendez conseguiu hackear os veículos não tripulados americanos e lançou um ataque em Los Angeles, e o trailer embaixo representa esta secção. Haverá também um soldado do sexo feminino: uma piloto de nome Anderson que irá estar presente neste ataque. 
Aliás, a presidente em 2025 será também uma mulher.

O protagonista deste jogo é David Mason, filho de Alex Mason (personagem principal do primeiro Black Ops). Iremos ter duas histórias jogáveis interligadas: uma nos anos 70-80 e outra em 2025. Na primeira iremos controlar Alex Mason, combatendo na Guerra Fria em locais como a América Central e o Afeganistão durante a invasão Soviética. 



Nas secções de 2025 (que ocuparão a mairoria do jogo) iremos assumir a personagem David Mason, numa era dominada por tecnologia avançada, como robôs, veículos não tripulados, e outros aparelhos cibernéticos. Iremos passar por locais como Socotra (um pequeno arquipélago no Oceano Índico), Yemen (no extremo sudeste da Península da Arábia) e Los Angeles (a segunda maior cidade dos Estados Unidos).

Outra grande novidade são as missões "Strike Force". Neste tipo de missões, e pela primeira vez na série, o jogador terá de tomar decisões que afectará não só a missão em questão como o desenrolar da história do jogo. Durante o jogo, serão oferecidas ao jogador algumas missões Strike Force. O jogador poderá escolher uma delas somente, e as outras desse grupo serão bloqueadas (até surgir um novo grupo de missões, da qual o jogador poderá escolher uma, e assim por diante). E outra coisa inédita é a de que se o jogador morrer numa dessas missões, não irá carregar um checkpoint, como anteriormente. Em vez disso, a missão será considerada como "Fracasso" e isso irá afectar a história do jogo.

Neste tipo de missões poderemos controlar vários tipos de veículos (como robôs, jets e veículos não tripulados) e alternar a qualquer altura, isto é: poderemos estar a combater por terra e de repente, quando nos apetecer, controlar uma frota de jets e comandar um ataque. Aliás, poderemos alternar entre diferentes câmeras. Especula-se, inclusive, a possibilidade de controlarmos diversos soldados e dar-lhes ordens como num RTS!
Na campanha iremos também poder andar a cavalo (numa das secções dos anos 80; até levaram um cavalo para o estúdio para o motion capture) e conduzir drones Quadrator, um pequeno avião de 4 hélices equipado com uma submachine gun.

Poderemos também avançar como quisermos, com o grupo que quisermos. Preferes não entrar naquele edifício? Tudo bem, avança pela rua com outro squad. Haverá uma altura no jogo em que terás de decidir entre apanhar uma Sniper e cobrir o teu squad ou descer de rappel lá para baixo e juntares-te a eles.
O resultado de cada missão (Sucesso ou Fracasso) mudará a história e irá influenciar o resultado da Guerra Fria. No final do jogo, será mostrado ao jogador o que poderia ter acontecido de diferente, incentivando-o a começar uma nova campanha.


Como tem sido costume com os jogos da Treyarch, foi também confirmado um modo de Zombies. Contudo, há algumas novidades. Em primeiro lugar, agora a campanha de Zombies terá a sua própria história, paralela à história da campanha principal. A produtora também revelou que o motor de jogo do modo Zombies será o mesmo do modo multijogador, o que permite muito mais zombies a enfrentar o jogador e novos modos de jogo.

Além disso, e pela primeira vez na série, haverá suporte para cooperativo em 8 jogadores contra zombies. E também haverá um modo de 4 vs 4 jogadores. Ainda não foram dadas muitas informações sobre este modo, mas especula-se que seja do género quatro jogadores enfrentando quatro jogadores, que enfrentam os zombies. Os jogadores teriam de impedir que a equipa oposta apanhasse as armas e os bónus, e vice-versa.

Os Zombies serão o único modo de Black Ops 2 a terem cooperativo. A campanha e as missões Strike Force não deverão ter suporte para co-op.


Sobre o Multijogador, também já foram reveladas algumas coisitas. Para já, temos confirmada a presença de armas como a XM8 (na vida real é totalmente customizável, podendo-se transformar em Assault Rifle, LMG, SMG, etc.; veremos se no jogo é assim), M16, SCAR, Type-95, M4A1, MP7, VECTOR, entre outras. Podem ver a lista completa de armas reveladas aqui.

A produtora prometeu trazer uma experiência nova para o multiplayer e, para isso, está a examinar novamente todo o sistema de criar uma classe, killstreaks, etc. O multijogador será baseado somente na secção de 2025, não haverão partes dos anos 1980.
Também foi prometido maior apoio à secção competitiva a nível profissional.

Nas palavras de Dan Bunting, director online, "estamos a tentar colocar gráficos de PC a correr a 60 FPS nas consolas".
Também foram confirmados até agora dois mapas: o primeiro é um local natural situado numa aldeia no Yemen; o segundo, "Aftermath", será numa Los Angeles destruída.

A Treyarch também afirmou que haverá uma Sniper com uma mira especial (que segundo os produtores estará disponível na próxima década) que irá permitir ver através dos materiais e disparar cargas electrónicas que atravessem esses obstáculos.
Não se sabe se será uma arma principal ou um killstreak, mas a produtora já expressou anteriormente o seu desejo de criar uma maneira de matar mais eficazmente os campers.

Também surgiram alguns rumores: devido a afirmações anteriores da Treyarch sobre a intenção de mudar o sistema da faca, especula-se que agora serão preciso duas estocadas da faca para matarmos alguém, a não ser que tenhamos o perk "BladesMan".
Rumores apontam também para modos onde os jogadores fazem respawn num helicóptero que é controlado por um jogador de cada equipa (se o helicóptero é destruído, acaba-se o respawn). Outro modo em que quando um jogador morre passa para a equipa adversária. Eventualmente, quando houverem poucos jogadores numa equipa, estes começam a ganhar armas e killstreaks para os ajudarem a sobreviver.
Claro, até agora estes modos são só rumores.


E por agora, esta é toda a informação que circula pela Internet sobre Black Ops 2, empacotada num único só artigo para vocês.
Grau de Expectativa
A Treyarch promete elevar a série ao limite, mas a verdade é que esse tem sido o objectivo de todos os outros jogos. Apesar das promessas, ainda estou um pouco reticente se realmente será algo de diferente ou continuará a ser o mesmo Call of Duty dos últimos anos com alguns modos novos para disfarçar.


Além disso, a minha hesitação não se deve só à possibilidade do fracasso da mudança mas também à mudança em si. Embora os fãs queixem-se sempre de ser a mesma coisa, não sei se iriam gostar de um Call of Duty diferente. A fórmula de sucesso tem vendido sempre bem e a verdade é que os jogadores só notam o potencial de um jogo quando um sucessor é lançado.
É mesmo esperar para ver a cartada que a Treyarch irá sacar.



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