Está na altura de debruçarmo-nos mais uma vez na nossa crónica mensal “Recomendado do Mês”! Nesta quarta edição (e a primeira que eu escrevo) vou vos falar, novamente, de um jogo que passou mais ou menos despercebido, e que podem encontrar atualmente a um preço bem baixo. Numa palavra, o jogo de Junho é… Metálico!
E a minha recomendação para este
mês é Brütal Legend.
Depois do aclamado clássico de
culto (e fiasco de vendas) Psychonauts, Brütal Legend foi o jogo que o veterano
da indústria Tim Schafer e o seu estúdio Double Fine escolheu para entrar na
geração que agora chega ao fim. Lançado no atribulado mês de Outubro de 2009
(que viu também o lançamento de Uncharted 2: Among Thieves e Forza Motorsport
3), é bastante difícil dizer qual é ao certo o género deste jogo, porque este
open-world mistura elementos de hack ‘n slash, corridas e real time strategy
(sim, leram bem, real time strategy).
No que toca a corridas, temos
missões secundárias em que um homem-sapo irlandês nos desafia para uma
corridinha. Depois, temos os elementos e Real Time Strategy que são utilizados
algumas vezes durante a campanha. São um pouco simples, mas divertidos e
algumas vezes bastante complicados. Podem ser um bocado demasiado morosos. E é
aqui que entra também o elemento de hack ‘n slash, porque somos capazes de
também combater a meio de uma batalha, controlando as nossas unidades e executando
riffs (que não são mais que sequências de teclas) como ataque e de maneira a aumentar
o poder e vida das nossas unidades. O gameplay é competente, sendo que às vezes
pode apresentar alguns glitches.
Esta mistura de géneros tão diferentes tenha talvez sido um dos fatores que espantou os jogadores de Brütal Legend, mas a característica que sem dúvida fez com que muita gente não se interessasse é também a que faz dele um jogo realmente único, e uma das razões pelas quais estou a gostar bastante das horas que passei no universo criado por Schafer. E esta característica é a direção artística. Brütal Legend é uma ode ao género de música que reinou durante os anos 70, Heavy Metal, e até conta com a participação de artistas ligados a este. O casting inclui Ozzy Osbourne, vocalista dos Black Sabbath, antes de ingressar numa carreira a solo, Lemmy, vocalista dos Motörhead e Jack Black, que dá a voz ao protagonista, ator conhecido por filmes como Escola do Rock e Tenacious D e a Palheta do Destino e vocalista principal do duo Tenacious D.
Se nenhum destes nomes te diz
alguma coisa, dificilmente conseguirás gozar grande parte da diversão de Brütal
Legend. O jogo está repleto de referências a álbuns e músicas de Heavy Metal, e
conta com uma banda sonora espantosa composta por 75 bandas como Judas Priest,
Scorpions, Manowar, Kiss, In Flames, Slayer, Anthrax, Black Sabbath e Def
Leppard. Apesar da falta de algumas bandas impulsionadoras do género como Led
Zeppelin, Megadeth e Dio, para um fã de Metal, não encontrará um jogo com uma
banda sonora melhor e mais completa. Os visuais também estão espantosos, do
ponto de vista artístico. O jogo todo faz lembrar uma qualquer capa de um álbum
de Metal, e os inimigos são dos mais criativos que já encontrei em qualquer
outro jogo.
Ozzy Osbourne, o Guardian of Metal. |
A história é, como em qualquer
outro jogo de Schafer, interessante e intrigante, em Brütal Legend somos um
roadie que vê o seu género favorito, Heavy Metal a morrer aos poucos. Por ação
de uma qualquer magia negra, Eddie (a personagem principal), é “sumonado” para um
mundo fantástico onde um demónio faz dos humanos escravos. Eddie junta-se à
resistência, e através do poder do Heavy Metal, tem de derrotar os seus
inimigos, que inicialmente começam por ser os fãs de Glam Metal (finalmente,
uma maneira de dar cabo desses sacanas), mas que depois serão outros demónios.
Mas talvez o melhor é o diálogo, muito bem conseguido, orgânico, e cheio, cheio
de humor.
O jogo conta também com multiplayer,
em que poderás defrontar humanos em combates de RTS e foi lançado algum DLC. Infelizmente,
não há muito pessoal online para se jogar contra, mas sempre podes arranjar uns
quantos amigos para jogar contigo, ou então, jogar contra a IA inimiga.
A obrigatoriedade de adquirir ou
não este jogo resume-se se gostas de Heavy Metal. Se és um fã ávido, esta é a
interpretação vídeo-jogável de um género de música com uma cultura própria.
Tirando isto, ainda ficas com um jogo sólido, com elementos de estratégia e
ação diferentes. E o preço, este é a melhor notícia. Consegues o encontrar a
menos de 15 euros nas lojas físicas nacionais e a ainda menos importando do
Reino Unido. Vai! Sê o Master of Reality e faz com que os teus inimigos Rust in
Peace e pergunta-lhes Who’s Next?
- Plataformas: PlayStation 3 e Xbox 360
- Lançamento: 16 de Outubro de 2009
- Género: Acção / Hack and Slash / Real Time Strategy
- Demo: Não
- Preço: 10€ - 15€
- Duração: 6h -10h
- Número de jogadores: 1 local, 2-8 online
Categoria:
Especiais,
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