Crónica 14: Seis jogos diferentes



CRÓNICAS



Está de volta o meu espaço mensal aqui no Gamer Source. Depois de um mês em que não houve crónica, principalmente porque não sabia o que escrever (e fazê-lo sem ter nada para dizer é um crime), trago-vos em Novembro uma temática que é interessante e atual, e que teve recentemente mais um episódio gritante. Falo-vos dos incentivos de compra e como correntemente no dia de lançamento de um jogo não temos apenas um à venda, mas diversos. Mas afinal do que estou eu para aqui a falar?


No dia trinta e um de Outubro foi lançado o jogo que mais esperava para este ano. Falo de Assassin’s Creed III. Como puderam constatar pelo vídeo do Lopes, há à venda nas lojas mais do que uma versão do jogo. São ao todo seis, e as diferenças, em termos de missões e itens de jogo adicionais, são as seguintes: A versão “standard”, vem apenas com o jogo, a “Special Edition”  traz a missão “A Dangerous Secret” e um mosquete, a “Join or Die Edition”, traz a missão “Ghost of War”, uma maça e um pacote para o multiplayer, “Freedom Edition”, que para além do que traz a anterior, tem consigo a missão “Lost Mayan Ruins” e uma espada, e finalmente a “Digital Deluxe Edition”, que traz consigo todas as missões e itens anteriores, mas que é exclusivo para PC.



Portanto, se quiserem ter a experiência completa de Assassin’s Creed III, têm mesmo de comprar a versão digital para computador. E mesmo esta não trás consigo os sessenta minutos exclusivos para a Playstation 3. É estranho o quão diferente pode ser o mesmo jogo, como ilustra a tabela magistralmente feita por mim que se encontra em cima (devo dizer que os meus dotes no Photoshop têm aumentado consideravelmente). Este problema tem-se vindo a agravar, e o que acontece com Assassin’s Creed III tem tendência a piorar. Estamos fartos de ver incentivos à compra em certas lojas, muitas delas que apenas existem nos Estados Unidos, e cada vez mais companhias adotam estas práticas.

Estávamos habituados a ter duas versões de um jogo. A versão normal, que incluía tudo e seria igual para todos os jogadores, e a versão Game of The Year, que continha todo o conteúdo que seria lançado para download ao longo do tempo. O que acontece agora é que no dia de lançamento temos à escolha uma panóplia de versões nas quais teremos mais ou menos conteúdo. Eu acho que é unânime entre os jogadores  que, quando compramos um jogo, gostamos de o ter completo. E ao ter comprado a versão standard sinto mesmo que comprei um jogo incompleto. Um jogo incompleto por cinquenta euros.


Este problema seria um mal menor se passado algum tempo todo este conteúdo fosse disponibilizado como DLC a um preço baixo. Afinal, não me parece que o que fez alguém comprar a Join or Die Edition em vez de uma versão básica não foi propriamente a adição de mais conteúdo jogável, mas todo o material físico (neste caso, um medalhão e um notebook). Já na anterior geração de consolas se vendiam edições de colecionador sem qualquer diferença no jogo em si entre esta e a versão standard. Hoje em dia é rara a edição de colecionador que não traga consigo missões ou armas exclusivas, e portanto mesmo que eu queira comprar por exemplo a missão “Lost Mayan Ruins”, estou com azar, porque não tenho maneira de a ter sem ser adquirindo uma das versões que a contenha. 

Será que pelo número de jogadores que obtêm as versões de colecionador só pelo DLC vale a pena privar todos os outros que comprariam o conteúdo adicional, mas que não querem ter de comprar um versão premium? Eu não tenho nada contra versões de colecionador, adorava ter uma estatueta do Connor ou do Ezio, mas nunca comprei um jogo em versão de colecionador por razões maioritariamente financeiras. No entanto, se calhar não me importava de dar mais cinco euros por todos os outros conteúdos que foram vendidos a quem comprou versões mais completas.


Mais uma vez, quem manda é o dinheiro. Por exemplo, nos exclusivos que dizem respeito às lojas (a Gamestop e a Best Buy são exemplo de lojas norte-americanas que costumam ter conteúdo exclusivo) seria difícil ter um contrato onde mais tarde o publicador disponibilizasse o conteúdo adicional a todos os jogadores. Mas nas versões que as próprias publicadoras fazem não entendo qual é o impedimento. E tu? Diz-nos se alguma vez compraste uma versão de colecionador, e se a razão pelo que o fizeste foi por causa do "conteúdo videojogável" ser mais extenso ou se foi por causa do material colecinável.

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