A minha (in)experiência com Dark Souls 2



CRÓNICAS



Dark Souls 2 foi um dos grandes lançamentos deste ano. O jogo não só recebeu excelentes críticas, como já vendeu mais de 1.2 MIlhões de cópias em todo o mundo. A grande característica inerente a este jogo, e à série no geral, é muito simples: a sua dificuldade.

Ciente deste facto, devo começar por dizer que sou grande apreciador de RPG's, especialmente dos de acção. Os jogos por turnos, como Final Fantasy, não me captam muito a atenção, mas séries como Mass Effect, Kingdom Hearts, The Elder Scrolls, etc. são obras de arte pelas quais tenho muito carinho.

É  primeira vez que jogo Dark Souls 2. Eu estava preparado para morrer muitas vezes, mas pensava que era tudo um pouco de exagero. Não podia ser assim tão difícil, tinha de experimentar. Eis como correu.

Nota: Este artigo contém spoilers do início do jogo.


A primeira cutscene foi logo uma confusão. Eu não joguei o primeiro Dark Souls, talvez seja esse o motivo, ou talvez não. A única coisa que fiquei a perceber é que somos um personagem afectado por uma maldição qualquer e que procura a sua cura. Ele atira-se de uma espécie de precipício e de repente acorda num altar à noite.

Até agora tudo bem, o clima está sombrio, eu não tenho quaisquer armas ou escudo, mas como é óbvio faz parte desta fase inicial do jogo. Só vejo uma espécie de ratos a passar por mim, mas felizmente não me atacam. Ao avançar um pouco chego a uma casa onde me aparecem umas bruxas desdentadas que começam logo a gozar, a dizer que vou morrer montes de vezes, que sou igual aos outros todos, não sei quê. Raio das velhas, bem que tentei dar logo um soco nelas assim que acabou a cutscene, mas infelizmente nada aconteceu.

Ao menos deram-me um item para a mão (que é para retornar à condição de vivo), e deu ainda para gamar umas coisas de um baú do piso de cima da casa das velhas. Itens esses que eu usei logo sem querer a tentar descobrir para que servia o Quadrado do DualShock. Depois vi que são poções de vida, mas já tinha gastado uma em vão.

Em vez de ir logo para a porta que as bruxas raquíticas mongolóides me indicaram, voltei para trás para explorar um pouco mais do mapa. Isto porque, a meio da cutscene de há bocado, tive a oportunidade de criar o meu personagem e escolher a classe. Escolhi o Swordsman, já agora.

Agora com duas espadas em cada mão sentia-me muito mais confiante. Fui dar a uma espécie de passagem secreta escondida entre uns arbustos, onde encontro logo umas pegadas gigantes. No topo desta colina encontro o hipopótamo mais feio que já vi em toda a minha vida. Verde ranhoso, julguei que o ataque especial dele era soltar um peido gigante que me sufocava logo o personagem.

Destemido, avancei de espada em punho para domar a besta. Assim que esta se vira, agarra-me com as mãos (nem tive tempo de dar uma cambalhota para trás) e come-me vivo, tirando toda a minha vida em uma ou duas trincadelas. Primeira morte.

Mas que porcaria é esta, apanho logo um boss no início do jogo? Renasci no altar obscuro outra vez, mas reparo que um pouco da minha vida já tinha sido retirada. Sim, porque ainda por cima neste jogo a nossa barra de vida começa a ser comida à medida que morremos vezes e vezes seguidas.

Tentei enfrentar o hipopótamo deficiente outra vez. Agora já me consigo desviar um poucos dos ataques, mas ele mata-me outra vez. E outra vez. E outra vez. Já passou uma hora e meia desde que comecei a jogar esta porcaria e ainda não consegui derrotar o primeiro inimigo do jogo. Foram mais de 15 as tentativas de matar o animal, até desistir e sair do jogo.

Eu tenho boa fé, e gostaria mesmo de continuar a explorar o mundo nojento de Dark Souls 2, mas já vi que a minha aventura vai ser difícil. A continuação da minha jornada depende de vocês, agora. Se forem maus e me quiserem ver a continuar a sofrer, basta deixarem um Like neste artigo, para saber que estão a gostar de ler o meu sofrimento. Aos 10 Likes, volto a pegar no jogo e escrevo a Parte 2.


Parece que o pessoal estava a gostar do meu sofrimento e, consequentemente, lá terei de escrever a Parte 2. Voltei a pegar no DualShock 3, iniciar Dark Souls 2 e, destemido, enfrentar a besta. Depois de algumas tentativas fracassadas, finalmente consegui desferir um golpe certeiro no cu do hipopótamo, derrotando o meu primeiro inimigo no jogo. O pior disto tudo é que só me deu um anel mixuruca que torna os inimigos mais desequilibrados. Como se isso ajudasse...

Voltei para a casa das velhas e entrei na porta que me indicaram anteriormente, onde fui dar a um lugar cheio de árvores com buracos para explorar. Aqui os inimigos eram bem mais fáceis, e a piada nisto tudo é que só agora é que o jogo começou a ensinar as instruções de como jogar. Muito obrigado caros produtores, saber que o analógico L serve para mover o personagem vai ajudar muito agora!

Enfim, lá segui em frente e fui dar a Majula que, pelo nome, mais me parece uma Reggae Nation do Bob Marley. Deduzo que seja aqui a principal área do jogo, onde permite acesso às várias áreas consequentes. Pensei que o lugar fosse tranquilo até encontrar uns porcos camuflados que saíram de umas ervas altas. Anel do Bacon, pensei eu, até estes me começarem a dar cornadas no escroto e eu, em apuros, fugir para me sentar na fogueira e fazê-los afastarem-se.

Sem saber que caminho escolher, decidi entrar por uma área subterrânea qualquer. O jogo chama ao lugar a que fui dar de Floresta dos Gigantes Caídos, mas esse nome apenas pode ser por estes gigantes terem disfunção eréctil ou assim. Dá ideia que são uns aleijados, pensei que os fosse encontrar numa cadeira de rodas. "Lá tropeçou o velho", pensei eu. Mas para alguém que acabou de cair, estes gigantes fazem o Obikwelu perder o patrocínio da Adidas.

Começaram logo a correr em direcção a mim, todos aos montes. Fui eliminando um por um, até que subi uma escada e entrei numa área repleta de mais gigantes aleijados e ainda um arqueiro no topo que certamente está a usar o perk One Man Army pois a munição não acaba.

O pior disto tudo - está um atrasado de um NPC sentado debaixo de uma árvore a ver a cena toda sem fazer nada. Era demasiada coisa para mim. Três ou quatro gigantes com disfunção eréctil, que eu nem sei se é contagioso ou não, um noob de One Man Army e ainda um tipo abancado a filmar a cena.

Como é óbvio, acabei por morrer e renascer numa fogueira no início desta floresta de aleijados. Acabei por desistir aqui. Volta hipopótamo, estás perdoado. Ainda só vou em duas horas de jogo e já é este tormento. Se quiserem mesmo que eu volto a jogar isto e a ler o meu sofrimento, deixem um Like neste artigo para eu saber que estão a gostar. Aos 20 Likes, volto a levantar-me da fogueira, enfio estes gigantes num lar de aleijados, e escrevo a Parte 3.



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