Os 10 Melhores jogos da PlayStation 3



CRÓNICAS



Com a PS4 como um “portal” que dá à Sony acesso a mais um começo de uma nova geração de videojogos, chega a hora de colocar em evidência quais os melhores jogos da sua antecessora, ou se preferirem da sua “irmã mais velha”. Antes de qualquer tipo de julgamento, estas são escolhas pessoais (da minha própria autoria). Dito isto, com esta lista pretendo apenas refletir, escrever e partilhar com vocês aqueles que foram para mim, e repito para mim, os melhores jogos da PS3.

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10. The Elder Scrolls IV: Oblivion


O quarto capítulo de uma das séries mais aclamadas pela crítica faz aqui a inauguração de uma longa e difícil lista de experiências vídeo-jogáveis. Oblivion conseguiu criar uma narrativa intrigante dentro de um género pouco aproveitado na indústria: fantasia medieval. A liberdade oferecida ao jogador nunca foi colocada em tamanha evidência, sendo que por vezes esta se tornava demasiado pesada. Existir a oportunidade de percorrer os vastos caminhos florestais cheios de vida selvagem era dos pontos fontes deste título. Posso afirmar que Oblivion conseguiu apresentar das melhores missões secundárias que joguei num videojogo. Fazer parte de um grupo de assassinos foi realmente memorável, assim como o que tive de fazer primordialmente para ter sido aceite no misterioso grupo. Este jogo pode apresentar-se como algo datado nos dias de hoje, com um combate básico e um grafismo não muito detalhado, mas em 2007 afirmava-se como sendo um dos melhores jogos até à altura criados. Uma obra-prima que exige ser jogada por todos os fãs do género. 


9. BioShock


BioShock espantou o mundo por volta de 2007 quando teve o seu lançamento agendado para a consola rival Xbox 360. Somente no ano seguinte é que os possuidores de uma PS3 poderiam experienciar aquele que foi dos melhores FPS’s que joguei em toda a minha vida. Existe qualquer coisa de genial por detrás da produção deste jogo, algo tão único que no final consegue criar uma narrativa até agora nunca antes vista. Ainda hoje não me sai da cabeça o início brilhante em que o jogo nos coloca, mais precisamente com um despiste do avião onde seguíamos viagem. A sensação claustrofóbica de estarmos em profundo oceano, no meio da noite é realmente algo sensacional. Para não falar que quando descobrimos a entrada para a cidade subaquática Rapture tudo parece piorar para o nosso lado. Raramente sentimos um alívio em BioShock, visto fazer uso de um ambiente pesado, assustador e especialmente macabro. Um dos aspetos mais importantes de um jogo para mim sempre será a narrativa! A história sempre será o elemento que me leva a concluir um jogo, daí amar a série Metal Gear. Escusado será dizer que BioShock apresenta um argumento misterioso e interessante, concluindo com um dos mais chocantes plot twists alguma vez introduzidos num videojogo. 



8. The Orange Box


The Orange Box poderá vir a ser das escolhas mais esquisitas nesta lista. Não que a sua qualidade deixe a desejar (apesar da versão PS3 ser a pior), mas pelo facto de o conteúdo lá inserido não falar muito com os jogadores de consolas. Na altura em que este pacote de cinco jogos foi lançado, a crítica aplaudiu e adorou a iniciativa. Notas perfeitas foram atingidas nos mais variados meios de comunicação da indústria e, sinceramente, não era para menos! Para mim, a ideia de juntar cerca de cinco jogos de uma enorme qualidade que até à data eram exclusivos de PC e apresentá-los aos jogadores tradicionais de consolas foi sem dúvida genial. Half-Life 2, e os seus respetivos episódios, eram o nome mais forte do grupo. Não é por acaso que é considerado por muitos como o melhor FPS de sempre… e acreditem que através de The Orange Box foi possível para mim ser mais um a partilhar dessa mesma opinião. O efeito de realismo nos disparos, o grafismo renovado, uma história fantástica e uma física de louvar aos céus fizeram de Half-Life 2 um deus. Mas se pensam que este era o único jogo que valia a pena jogar enganam-se! Team Fortress 2 é um maravilhoso shooter online que coloca a diversão, principalmente na companhia de amigos, a um novo patamar. Não é por nada que Team Fortress 2 ainda continua a ser atualmente dos jogos mais jogados na Steam. Por fim, o pequeno Portal passou por breves momentos despercebido, porém com a criação deste pacote de luxo imensos foram os jogadores que deram uma oportunidade a esta “tech demo”. O seu sucesso foi tão grande, que pouco tempo depois foi confirmado a produção de uma sequela, trazendo consigo uma maior profundidade a um dos melhores jogos de puzzles dos últimos tempos.



7. Uncharted 2: Among Thieves


A Naughty Dog é neste momento a produtora mais valiosa da Sony. É de louvar que conseguiram sempre criar grandes experiências nas diversas gerações de consolas da Sony. Ao visualizarmos de perto o currículo deste grupo criativo descobrimos grandes séries de jogos como Crash Bandicoot na PS One, Jak and Daxter na PS2 e Uncharted na PS3. Todas elas inovaram e marcaram uma geração de jogadores, deixando um mar de saudades em todos os cantos do mundo. Mais recentemente, a trilogia Uncharted ficou conhecida como o maior tesouro da PlayStation 3. Contudo, penso que o esplendor máximo foi obtido no segundo capítulo desta maravilhosa saga. Uncharted 2 elevou os patamares elevados do seu antecessor, criando assim um jogo rico de diversão no seu elemento de jogabilidade e detalhes gráficos que conseguiram puxar ao máximo o hardware presente. Verdade seja dita que conseguiram o impossível com Uncharted 3, que foi melhorar o que parecia ser impossível de melhorar (grafismo). Todavia, Uncharted 2 apresentou uma narrativa superior, momentos de arrepiar a espinha e conseguiu demonstrar o enorme potencial que outrora esteve “escondido”. Existe quase sempre uma interação da personagem, Nathan Drake, com o cenário em seu redor, transmitindo assim um sentimento de realismo maior. Até à altura não existia nada que conseguisse explorar tão bem as capacidades da PS3, mas Uncharted 2 mostrou o verdadeiro poder de um hardware que já na altura se encontrava desactualizado.



6. Fallout 3


Não existe dúvidas que Fallout 3 marcou a geração passada. Podemos observar provas desse mesmo fato quando a indústria aplaudiu o retorno da série na E3, falando mais precisamente do anúncio de Fallout 4. O mundo que este jogo apresenta sempre será um prazer de descobrir! Poder explorar um mapa extenso que guarda consigo um conjunto de momentos memoráveis, estando estes sempre prontos para atacar o jogador quando menos esperamos. Confesso que adorei cada minuto que dediquei a Fallout 3, isto porque o jogo consegue ser recompensador em todos os seus elementos. O sistema de evolução é extremamente viciante, deixando um enorme leque de opções dedicadas ao jogador. Temos liberdade para fazermos o que queremos, assim como para sermos o que queremos. Tudo isto cria uma experiência única dentro de uma indústria cada vez mais competitiva, contudo não existe realmente um rival capaz de fazer frente às criações da Bethesda. Este estúdio percebe o que faz, percebo o seu público e percebe onde necessita de evoluir. Cada vez que me lembro do enorme prazer que tive a jogar Fallout 3, mais ansioso fico para poder experimentar a sequela anunciada para este Outono.



5. Grand Theft Auto V


Chega então uma das escolhas mais difíceis que tive de tomar perante toda esta compilação de estrelas. No início confesso que não era GTA V quem ocupava este lugar… mas sim GTA IV. Estranho talvez? O quarto capítulo da mais conhecida série da indústria de videojogos marcou-me profundamente. Talvez pelo fato da Rockstar ter tentado criar uma experiência mais séria, ao mesmo tempo que nos apresenta as características pertencentes às raízes da saga tais como o humor negro, missões fantásticas e as personagens hilariantes e extremamente bem escritas. Contudo, GTA V é um jogo superior em todos os níveis. Muitos foram os críticos que afirmaram que GTA V se encontrava num limbo entre a atual geração e a nova geração (PS4 e Xbox One). Sem sombra de dúvidas que isto faz parte de uma verdade bastante surpreendente. Como foi possível para a Rockstar colocar tanto conteúdo acompanhado de estabilização gráfica fenomenal dentro de uma PS3 ninguém faz ideia, no entanto a verdade é que conseguiram. Três personagens jogáveis, que por sua vez acabam por ter vida própria? Sim, é isso mesmo que leram. Sinceramente, já nem sei o que poderá ser possível melhorar na série, mas tenho a certeza que a Rockstar demonstrará o que é realmente possível a seu tempo.



4. Red Dead Redemption


O que pode ser melhor do que GTA para mim? GTA no faroeste, seria a minha resposta! Se pensavam que a magia desta companhia estava no auge, então deixem-me dizer que se enganam redondamente pois esta estava apenas no começo. Red Dead Redemption é tão bom que a Rockstar criou para si próprio um desafio complicado: criar uma sequela que ultrapasse os níveis estabelecidos pelo antecessor. O jogo conta já com cinco anos de idade e mesmo hoje consegue partilhar com os jogadores a sua deslumbrante qualidade. Não só o grafismo é espetacular neste jogo, como toda a sua jogabilidade. Conseguiram pegar nos tiroteios interessantes de GTA IV e evoluí-los de forma a ficarem praticamente perfeitos. Para além de funcional, esta nova sensação de combate traz em si agregada uma enorme “nuvem” de diversão. Como se não bastasse, a Rockstar criou um mundo cheio de vida selvagem e cheio de coisas para fazer. Vão deparar-se em casinos a jogar blackjack, ou a caçarem os bandidos mais procurados dos Estados Unidos da América. O jogo conta também com um argumento fantástico, repleto de personagens memoráveis e divertidas (muito ao estilo de GTA). Portanto, por fim só me resta dizer o seguinte: liguem novamente a vossa PS3 e coloquem GTA V de lado, pois têm aqui o melhor jogo da Rockstar desta geração!



3. Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots


São raras as vezes em que a palavra “jogos” é exposta à minha vista e eu não penso logo na fabulosa obra-prima criada por Kojima-san. É fantástico que, como por magia, consiga existir um videojogo que consiga deixar muitas obras cheias de inveja. A qualidade partilhada pela Kojima Productions a cada título que vão concretizando parece aumentar a níveis astronómicos, deixando qualquer fã que se preze orgulhoso. A saga Metal Gear consiste num mero ecossistema de narrativas complexas, brilhantes, completamente malucas, dramáticas e super detalhadas. Quando penso que estou a jogar o último capítulo, que por sua vez acaba por ser maravilhoso, Kojima insiste sempre em surpreender e revelar planos para acrescentar capítulos sobre as melhores personagens da indústria. Escusado será dizer que cada título novo que é lançado acaba por ser uma evolução positiva na saga, conseguindo a difícil tarefa de ultrapassar os padrões de qualidade máxima anteriormente atingidos. Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots conseguiu acabar a história de Solid Snake de uma forma tão magnífica que não existem palavras que façam jus ao produto final. Obrigado Kojima por me ofereceres todas estas experiências eternas, fazendo de Metal Gear a minha saga favorita da industria de videojogos. Um jogo criado exclusivamente para agradar os fãs mais sortudos desta nova forma de expressão artística. Com um grafismo enorme, banda sonora perfeita, argumento brilhante e personagens geniais, Guns of the Patriots consegue dar assim um final merecido a Solid Snake.



2. The Elder Scrolls V: Skyrim


A Bethesda, enquanto produtora de videojogos, possui capacidades de fazer inveja a qualquer um. A produtora não se importa de levar tempo no que toca a construir os seus jogos! Podemos ter de esperar vários anos até obtermos a sequela aguardada, mas a verdade é que quando esta nos chega às mãos traz consigo um selo de qualidade que ultrapassa as nossas expectativas. Skyrim afirma-se como um dos melhores jogos que já joguei, marcando sem dúvida nenhuma uma geração de jogadores. Ao mesmo tempo que GTA dá sempre que falar, as séries da Bethesda começam a seguir o mesmo padrão dentro do mundo dos jogadores. Estes títulos sempre se apoiaram na sua vasta liberdade, seja esta em escolhas ou em abordagens ao mundo virtual que nos é apresentado. Escusado será dizer que Skyrim eleva essa mesma liberdade para um nível extremo, que por sua vez se afirma como fenomenal. Podem criar a personagem que quiserem, tanto a níveis estéticos como a nível de habilidades e características. Podem também fazer combinações de armas e feitiços como bem intenderem, visto ser agora possível assegurar uma função a cada mão da personagem. Para além disto, este quinto capítulo apresenta uma história fantástica e cheia de momentos brilhantes, isto para não falar das enormes missões secundárias que já fazem parte do rótulo da série. Skyrim é uma grandiosa obra de arte que nunca será esquecida dentro da indústria, marcando assim a minha “longa” vida enquanto jogador.



1. The Last of Us


Chega finalmente hora de dar as honras ao melhor jogo da geração passada: The Last of Us. Existem jogos com a capacidade de me deixar simplesmente sem palavras, pensando apenas como é que pode existir originalidade e genialidade para criar uma obra de arte assim tão brilhante. The Last of Us puxa os limites da PS3 em diversos sentidos, seja figurativo ou sentimental. Digo isto porque a PS3 tem aqui dos jogos mais belos alguma vez criados para a plataforma, fazendo uso total de um hardware já ultrapassado (supostamente, pelo menos). Como se não bastasse, ainda consegue partilhar com os jogadores uma experiência hiper-dramática sobre a jornada de duas personagens, inicialmente estranhas entre si, num mundo quebrado por um vírus mortal. No entanto, para um jogo poder ser realmente excelente necessita de conter uma jogabilidade adequada, algo que pessoalmente The Last of Us faz de forma perfeita. A Naughty Dog conseguiu criar um jogo divertido, assustador e extremamente pesado no ambiente e no dramatismo. Tudo aqui funciona de forma especial, não existindo críticas a possíveis erros na construção deste título. Existem contudo alguns problemas com a Inteligência Artificial dos nossos companheiros, mas tal não estraga em nada a experiência pretendida pois acaba por ser um pormenor de menor importância. The Last of Us é uma obra-prima dentro de uma indústria que luta por uma igualdade dentro dos meios artísticos. Provavelmente, nunca esquecerei todos os meus momentos fantásticos ao controlo de Joel e Ellie naquele que foi o melhor jogo de uma geração. Bravo, Naughty Dog! Bravo!



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