Recomendado do Mês – Agosto



ESPECIAIS



Numa altura em que faltam apenas alguns dias para o tão esperado lançamento de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, decidi que este seria o momento ideal para escrever sobre o melhor jogo da PlayStation Portable. Provavelmente já sabem que se trata de Metal Gear Solid: Peace Walker, o jogo que antecede a Ground Zeroes e The Phantom Pain na história de Big Boss. A ligação é mais importante do que parece visto que, até pelas palavras de Kojima, The Phantom Pain é basicamente um “Peace Walker 2”.

A primeira vez que tive a oportunidade de experienciar esta fenomenal obra de arte foi no seu lançamento original na PSP. Apesar das limitações da consola da Sony, a Kojima Productions conseguiu criar um jogo extremamente bem adequado para o formato portátil, apresentando agora a história dividida por missões mais curtas. O brilhantismo alcançado no design de Peace Walker está na obtenção do importante equilíbrio entre a duração e o divertimento dessas mesmas missões. Mais do que tudo, não pensem que a história de Peace Walker, discutivelmente o melhor elemento da série, sai prejudicada pela nova estruturação aqui aplicada. A narrativa acompanha Big Boss e a construção do seu grupo de mercenários “Militaires Sans Frontières”, numa altura em que este decidiu não mais fazer parte dos “Patriotas”. Para quem jogou Metal Gear Solid 4: Guns of Patriots no passado, vai perceber onde se enquadra a narrativa na complexa cronologia da saga.


Perante as limitações da PSP, foi necessário a existência de sacrifícios importantes na forma como se conta a história do jogo. As enormes cutscenes que a série nos tinha habituado desde o início dá agora lugar a desenhos animados, como se de uma banda desenhada se tratasse. Pessoalmente, sou um grande fã deste trabalho artístico desde a sua aparição em Metal Gear Solid: Portable Ops, no entanto foi uma abordagem que deixou muitos amantes da série desiludidos. Todavia, é perante as limitações do hardware que as ideias mais geniais surgem e Peace Walker não é caso de exceção. Para além das missões principais da história, terão à vossa disposição dezenas de missões secundárias para serem completadas… mas não é tudo! Quase todas as missões podem ser completadas com amigos, via tecnologia ad-hoc presente na PSP e PS Vita. Não é coincidência que as melhores lembranças que tenho de Peace Walker são as várias missões passadas ao lado meu irmão, principalmente quando elaborávamos estratégias de risco para conseguirmos derrotar os terríveis Bosses do jogo.

Se acham que isto é muito, então não se assustem se vos disser que ainda têm trabalho de gestão para fazer! A narrativa do jogo acompanha a construção da vossa Mother Base, porém esta é brilhantemente explorada em forma de jogabilidade. Durante as missões, poderão recrutar soldados para ingressar na vossa causa, podendo depois associá-los a uma secção existente na vossa Mother Base que, consequentemente, dependerá das características presentes no soldado em questão. Isto é importante porque a partir do melhoramento das secções anteriormente referidas terão mais vantagens ao vosso dispor, como por exemplo armas mais poderosas e informações mais detalhadas para as missões. Como se não bastasse, podem ainda enviar as vossas tropas para conflitos espalhados pelo resto do mundo, que por sua vez poderão obter novos veículos e evoluções nos soldados caso sejam bem-sucedidos. Por fim, será possível construir um novo Metal Gear de raiz tornando o sonho que qualquer fã da série em realidade.


Metal Gear Solid: Peace Walker é a prova de que as consolas portáteis conseguem apresentar jogos totalmente inovadores, colocando respeito perante as suas irmãs domésticas. Com um grafismo excelente, uma banda sonora maravilhosa e uma jogabilidade quase perfeita, é impossível ficar indiferente perante uma obra interativa tão impressionante como esta. Este título explora temas como os horrores da guerra e as paixões que nela podem existir de uma forma bela, emotiva e cruel, que nos fará pensar durante largos anos. Tudo o que Metal Gear Solid V: The Phantom Pain vai apresentar surgiu daqui inicialmente, portanto permitam-me que vos tente a experienciar Peace Walker enquanto anseiam pela chegada de TPP. Quem sabe não terão em mãos uma das melhores experiências vídeo jogáveis da vossa vida! 

  • Plataformas: PSP, PS Vita, PS3 (MGS:HD), Xbox 360 (MGS:HD)
  • Lançamento: 8 de Junho de 2010
  • Género: Acção/Aventura/Stealth
  • Demo: Não
  • Preço: 19.99€ PSN
  • Duração: +50 horas
  • Número de jogadores: 1-4 jogadores 



0 comentários:

Enviar um comentário

Mensagens Recentes Mensagens Antigas Página Inicial