Recomendado do Mês – Novembro



ESPECIAIS



Muito provavelmente, este será um título afastado da mente dos jogadores. Não diria que a causa seja a falta de qualidade – até porque se apresenta como um jogo fantástico – mas sim a sua apresentação única e original. Estou a falar de Killer7 mais precisamente, que se apresenta como o expoente máximo das criações disponibilizadas por Suda 51. Admito que por muitas que sejam as diferenças dentro do género – ou até mesmo dentro da indústria – não irá garantir que o título em questão seja propriamente fenomenal. No entanto, este não é caso, felizmente!

Killer7 é dos jogos mais abstractos, confusos e diferentes que experienciei. Contudo, à medida que me entreguei à história, comecei a reparar que nem tudo o que parece é! A narrativa principal coloca em evidência um dos melhores twists finais que presenciei, fazendo lembrar o quanto escandaloso pode ser o final de uma peça narrativa (*cough* Sexto Sentido *cough*). Existe um brilhantismo na construção do argumento, tentando sempre não deixar pontas soltas ao mesmo tempo que vai disponibilizando pedaços de informação extremamente estranhos, através de fantásticas cutscenes do melhor do mundo do Anime.


“A esquematização da mesma afirma-se como ridícula na teoria, mas que na aplicação prática funciona de forma fantástica.”


Para além disto, para poderem desfrutar de Killer7 vão ter de permanecer pacientes – e de mente bem aberta – visto que este faz uso da cultura japonesa totalmente depravada. Bem, isto é algo bastante normal para quem acompanha os trabalhos de Suda 51, portanto pode afirmar-se como sendo um aspeto bastante positivo. Admito que procuro experienciar obras fora do quotidiano, pois conseguem despertar em mim uma maior atenção dentro das criações videojogáveis, do que se tratasse de um mero shooter de estruturação standard.


Porém, é na jogabilidade que as coisas parecem ter perdido o rumo! A esquematização da mesma afirma-se como ridícula na teoria, mas que na aplicação prática funciona de forma fantástica. Pensem num resultado misto de controlo automático – seguindo caminhos predefinidos – e de combate numa perspetiva de primeira pessoa, que por sua vez é apresentado de forma cruel pela inclusão de um tempo limite de ataque.


“Como se não bastasse, o grafismo apoia-se na técnica de Cel-Shading, aproximando Killer7 às melhores criações feitas em Anime!”


É discutível se a jogabilidade é intuitiva ou dinâmica, contudo a componente sonora não deixa margens para dúvidas! O trabalho por detrás da banda sonora é simplesmente maravilhoso, apresentado um das melhores temas – que servem para identificar o jogo em causa – dentro de uma indústria repleta de brilhantes trabalhos. Como se não bastasse, o grafismo apoia-se na técnica de Cel-Shading, aproximando Killer7 às melhores criações feitas em Anime!


Killer7 é uma obra-prima repleta de ideias geniais! Se pensarmos que este jogo foi lançado em 2005, o seu valor consegue aumentar sem precedentes. Nunca antes um jogo – ainda mais japonês – tinha tentado criar uma história tão brilhante e negra, que acaba por enganar os jogadores até ao momento da revelação final. Faltam mais jogos como Killer7, porém este tipo de produções acabam por deixar de existir aos poucos. Killer is Dead é o último grande jogo de Suda 51, contudo – apesar da sua enorme qualidade – não consegue chegar aos calcanhares de Killer7, pois este apresenta-se como sendo um colosso divinal numa indústria cada vez mais formatada. 

  • Plataformas: PS2 e Gamecube 
  • Lançamento: 7 de Julho de 2005
  • Género: Acção/Aventura
  • Demo: Não
  • Preço: 9.99€ (usado)
  • Duração: 15 horas
  • Número de jogadores: Single-Player 



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