Recomendado do Mês – Março



ESPECIAIS



Não existem muitas franquias que assumem uma importância à escala mundial, seja pela dificuldade de criar uma propriedade intelectual de escala colossal ou simplesmente porque esse não é o objetivo. Contudo, existem de fato algumas séries que deixam uma marca constante no mundo de entretenimento, muitas vezes classificadas com uma plataforma geral.

Para ser mais preciso, admito falar de The Walking Dead, que por sua vez se encontra em praticamente todas as frentes multimédia. Seja pela fantástica linha história criada na banda desenhada, na famosa série de televisão e o dramatismo interativo apresentado nos seus videojogos. Pessoalmente adoro todas elas, mas como estamos aqui para falar de videojogos tenho de deixar claro a minha paixão pela obra The Walking Dead: Season 1 - A Telltale Game Series.


“Muito pelo contrário, o pior pesadelo das personagens acompanhadas é a compostura da sociedade humana perante o caos social.”


The Last of Us é claramente o meu jogo favorito da geração passada, porém não era possível existir tamanha narrativa sem The Walking Dead. À primeira vista, esta parece ser mais uma série baseada num mundo apocalíptico, onde os zombies tomaram controlo do mundo. Pois enganam-se imensamente, pois esta história não coloca os mortos vivos como o inimigo número um. Muito pelo contrário, o pior pesadelo das personagens acompanhadas é a compostura da sociedade humana perante o caos social.


Filmes como 28 Days Later (2001) e Night of the Living Dead (1968) já tinham demonstrado um enorme potencial narrativo em mundos semelhantes, contudo The Walking Dead elevou a fasquia e explorou limites não antes ultrapassados. Depois de estabelecidas estas novas formas de exploração histórica, chegou a hora da Telltale criar um videojogo que nos fizesse sorrir, chorar e sonhar por mais. Foi considerado o melhor jogo de 2012 para muitas cerimónias, incluindo os antigos VGA – entrega de prémios mais consagrada da indústria.


“Toda a banda sonora é perfeita, assim como o grafismo Cell-Shading que nos remete para as páginas mais brilhantes apresentadas na banda desenhada.”


Acabou por surgir como uma surpresa agradável e intrigante, sendo que me levou a pensar na sua experimentação. Como fã da série de televisão e da banda desenhada, posso dizer que a Telltale criou uma história digna de respeito. Hoje em dia, podemos já estar um pouco exaustos da fórmula gasta da produtora. No entanto, este em 2012 apareceu como uma surpresa necessária. Nem sempre os melhores jogos precisam de orçamentos milionários, pois tudo o que interessa é a experiência criada.


Nunca me esquecerei de Lee Everett – a personagem principal da Season 1 – e de todos os momentos passados ao lado de Clementine. A jogabilidade simples de Point and Click, deixa asas para o aumento da importância de outros elementos. Toda a banda sonora é perfeita, assim como o grafismo Cel Shading que nos remete para as páginas mais brilhantes apresentadas na banda desenhada. Todavia, o herói do jogo é narrativa principal e toda a aventura vivida ao lado das personagens. Apesar da continuação - Season 2 - ser minimamente boa, nada conseguirá ultrapassar a qualidade aqui encontrada. Este foi um projeto com paixão, inovação e criatividade, desejando que esta fosse uma regra na indústria e não uma exceção.

  • Plataformas: PC, PS4, Xbox One, PS Vita, PS3, Xbox 360 e Mobile
  • Lançamento: 24 de Abril de 2012
  • Género: Aventura/Point and Click
  • Demo: Não
  • Preço: 19.99€
  • Duração: 12 horas
  • Número de jogadores: Single-Player

O "Recomendado do Mês" é a nossa crónica mensal onde recomendamos aos nossos leitores um jogo bom, barato e geralmente pouco valorizado pela indústria.



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