INÍCIO
Sábado Sem Censura é a nossa rubrica semanal onde convidamos um autor de fora para vir descarregar o que lhe vai na alma.
Gajo convidado: Ivan Barroso, Pushstart
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Adeus João Lombá.
Confesso. Quando me propuseram este artigo, estava longe de pensar que iria abordar o falecimento dum colega. Porém, na manhã desta sexta-feira, dia 29 de Abril, Ricardo Passos da Foxbyte, colocou uma publicação no Facebook, onde dava conta do desaparecimento dum companheiro - o João Lombá.
Muitos não saberão quem era João Lombá, ou porque será tão relevante para um artigo. E é verdade. O João não era autor de livros, jogos, ou uma celebridade. Não era. Mas, era todos nós. Todos aqueles que tem uma paixão por videojogos, que gostariam de transformar esse hobby numa profissão, que lutam todos os dias para que isso aconteça. E por isso, é que ele merece ser mencionado.
Como muitos dentro do seu circuito social saberão, o João, ou antes, o "Big_Jonny" como era conhecido, lutava há vários contra um cancro. Uma doença estupidamente malvada, que já lhe tinha levado uma perna, mas que nunca lhe derrotou o espírito. Porque? Ora bem, porque, a característica mais marcante do João, era o seu riso. Contagiante. Era impossível ficar mal-humorado durante muito tempo ao seu lado. Nem essa malvada doença conseguiu tirar-lhe isso. E bem que tentou.
Vi o João várias vezes em eventos de videojogos, fosse no bar 1UP, ou em algo maior, como um Lisboa Games Week. Ele estava lá. Ora bem, numa dessas ocasiões, ele confessou-me, que queria fazer da sua paixão por videojogos, uma profissão. Falamos sobre os cursos, as opções profissionais, onde ele poderia chegar. Dias mais tarde, o Pai dele telefonou-me. Queria saber mais, e quais seriam as hipóteses do filho. Nesse dia, falamos cerca de 30m, sobre de tudo um pouco. No final, o João foi a uma série de entrevistas, e escolheu ir estudar para a Universidade Europeia. E por lá andou, a partilhar a sua enorme alegria e energia. Sortudos daqueles que conseguiram estar presentes, e desfrutarem da sua companhia, durante este breve percurso académico.
Hoje, essa história acabou. Não com o final que desejava, mas de forma abruta. Maldito cancro, que não contente com a perna, levou agora o resto do corpo. Tudo o que o João seria ficou incompleto, ficaram só as recordações. O João era um de nós, estava sempre presente na comunidade. Falava, jogava, escrevia. Sempre com o seu sorriso característico. E por isso, estou fulo. E chocado. E desapontado. Maldito Cancro. O João só tinha poucos anos além dos 20, e mesmo assim, não o conseguiste deixar em paz.
Descansa João. A tua ausência será sentida.
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