Star Fox Zero - Análise



ANÁLISES




















Toda a gente pode parar de se preocupar, porque Star Fox Zero é a cena que todos esperamos, sabem como aqueles diamantes brutos que depois de terem sido polidos dão aquele brilho de uma jóia preciosa? Claro que tem as suas pontas um bocado gastas, mas na mesma, não deixa de ser talvez um daqueles jogos que gostarias de ter na tua colecção. Mas será que faz jus ao seu nome?

Veredicto

Alguns fãs ficaram preocupados que Star Fox Zero, que saiu para a Wii U a 22 de Abril, fosse muito pouco convencional. O jogo manda-nos logo para um tutorial de como iremos jogar, sendo que na TV iremos ter a perspectiva do nosso Arwing e dos obstáculos que vamos encontrar ao longo da jornada, e do gamepad com o giroscópio fazendo-se passar como o cockpit da nave, onde poderemos virar o gamepad para controlar a nossa mira e atirar com precisão. Para alguns, parece que os controlos podem ser complicados, mas depois de passado uns minutos, irão habituar-se a eles porque, apesar de muitos jogos usarem o giroscópio, existe aquela hesitação que poderá dar algum desconforto aos jogadores. No entanto, passado uns bons 10 minutos, irão notar que já não é assim algo tão complicado.


Star Fox Zero é facilmente o melhor jogo da série Star Fox, desde Star Fox 64, que saiu por volta de 1997 para a Nintendo 64 (que em si foi uma reimaginação do Star Fox original, que foi lançado em 1993 para a Super Nintendo).


“É uma espécie de mistura entre o Star Fox do passado com o presente, mostrando-nos que mesmo depois de tanto tempo, o jogo em si é revigorante.


A história do jogo é muito simples: Andross, um cientista louco que quer conquistar a galáxia com o seu exército, invadiu o planeta de Corneria para acabar com o exército da federação galáctica de uma vez por todas. É aqui que a equipa de Star Fox entra em acção com os seus Arwings a voar por campos abertos onde podemos mexer-nos à vontade com a nossa nave e disparar contra as naves inimigas (jogo estilo arcade shooter) para aumentarmos a nossa pontuação e enfrentar bosses no fim dum nível. Vendo as coisas por outro lado, não foge muito a Star Fox 64 em termos de gameplay e a história em certos momentos acontece como no original, mas com umas pequenas reviravoltas, e a dificuldade é a mesma que a do jogo original. É uma espécie de mistura entre o Star Fox do passado com o presente, mostrando-nos que mesmo depois de tanto tempo, o jogo em si é revigorante.


Os jogos da Nintendo geralmente não são conhecidos pela sua perícia técnica. Costumam atrair mais elogios pelo seu estilo de arte e apresentação do que pela fidelidade dos gráficos. O ambiente é colorido e apresenta efeitos impressionantes de iluminação. Os modelos de personagens têm um grande detalhe (com abundância de pêlo), e é realmente impressionante ver tantas naves e lasers a preencherem o nosso ecrã. Tudo isso ajuda Star Fox Zero a sentir-se facilmente como a entrada mais épica da série.


(...) é realmente impressionante ver tantas naves e lasers a preencherem o nosso ecrã.


A música também é fantástica. Soa como algo que podes ouvir num filme de aventura clássico. O jogo apresenta-nos uma quantidade de faixas familiares dos jogos mais antigos, mas todos eles com um som mais excitante e vibrante.


Na verdade, excitante pode ser a palavra para Star Fox Zero. Entre esquivar-se, dar tiros, transformar-se e muito mais, ao jogarmos conseguimos sentir o ambiente quase frenético da acção. No entanto, o jogo controla-se tão bem que nunca estaremos realmente desamparados. Cada acção, desde um boost de velocidade até disparar um único laser, é uma experiência gratificante. Mesmo os pequenos toques, como teres o teu wingman a voar em formação contigo ou ouvires as comunicações de rádio dar-te-ão uma vontade de sorrir. Está cheio daqueles toques que a Nintendo faz e que nenhuma outra companhia o faz.

Star Fox Zero apresenta três veículos diferentes: o Arwing, o Landmaster e o novo Gyrowing. Vais gastar a maior parte do teu tempo na Arwing, que também pode-se transformar num Walker. O Landmaster é uma mudança em questões de ritmo, embora o Walker do Arwing se torne um pouco redundante.


Escusado seja dizer que gostaria que o tempo tivesse sido gasto a fazer mais etapas focadas no Arwing.


O Gyrowing, no entanto, é irritante. É uma espécie de helicóptero, e é muito mais lento do que os outros veículos. Voar com este veículo também envolve deixar cair um pequeno robô que pode invadir computadores e apanhar bombas, mas alinhar as quedas do robô pode ser um pouco entediante. Voar com a Arwing é tão emocionante, e a Gyrowing atrasa as coisas desnecessariamente. Felizmente só o usarás em alguns níveis. Escusado seja dizer que gostaria que o tempo tivesse sido gasto a fazer mais etapas focadas no Arwing.

Star Fox Zero não é longo, especialmente se acabares o modo principal. Agora, todos esses caminhos secretos vão dar-te algum incentivo para revisitar os níveis, mas mesmo assim ainda se sente um bocado curto. Irão provavelmente chegar aos créditos finais pela primeira vez em apenas algumas horas.



Talvez um dos melhores jogos com gráficos que a Nintendo fez desde a Bayonetta 2, com vários efeitos de luz e com cores muito vibrantes e designs muito impressionantes, desde os modelos das personagens e veículos até aos planetas com muita vida e cheios de acção.


Apesar dos controlos serem um bocado difíceis de início, graças aos tutoriais que existem no jogo e à habilidade de cada jogador de se habituar aos controlos giroscópios do GamePad, terás muito tempo para aperfeiçoar e nota-se que, com o tempo, os controlos serão muito fáceis, até mesmo para os inexperientes.


Provavelmente algo que foi bem trabalhado, desde as músicas antigas que levaram um tratamento mesmo especial, até às vozes do elenco original do jogo, que estão impecáveis. Praticamente, estamos a ouvir uma banda sonora dum filme de acção muito bem trabalhada.


Infelizmente nem tudo é um mar de rosas, porque em termos de longevidade é muito curto. Até mesmo jogando no modo principal e mais os múltiplos caminhos, não precisas de muito tempo para o passar.

É um pouco triste que Star Fox Zero, um jogo que mostra os benefícios da GamePad da Wii U, tenha saído tão tarde na vida do sistema. Ainda assim, vale a pena arranjar para quem possui a consola, especialmente se for um fã da série nos anos 90.
Star Fox Adventures agora parece uma memória distante e desagradável.




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