PS4 Pro - Vale a pena comprar?



ESPECIAIS



Pela primeira vez na geração de consolas caseiras estamos a assistir a algo inédito, que estamos habituados a ser uma característica exclusiva da malta dos PC's: o upgrade de hardware das mesmas.

Até agora temos vindo a assistir a um ciclo de 6-7 anos entre cada geração, a meio do qual são lançadas umas versões slim dessas consolas. Com o lançamento da PS4 Pro (e, pelo lado da concorrência, da Xbox One S) estamos a assistir a uma adaptação das consolas à demanda do mercado, algo que até agora funcionava ao contrário: as produtoras submetiam-se ao poder computacional da geração actual até que uma nova geração chegasse.


“A nova PS4 Pro é cerca de 2.3 vezes mais potente em termos gráficos que a PS4, actual e cerca de 1.3 vezes mais potente em termos computacionais.”


Nomeadamente, esta demanda surgiu com o 4K. As televisões com esta resolução são cada vez mais frequentes no futuro e prometem vir mesmo a substituir as Full HD, equivalente ao que aconteceu na altura em que o HD se impôs sobre as televisões SD.


A nova PS4 Pro é cerca de 2.3 vezes mais potente em termos gráficos que a PS4 actual, e cerca de 1.3 vezes mais potente em termos computacionais. Além disso, a Pro tem ainda 1GB extra de memória RAM que servirá para outras funcionalidades não relacionadas com jogos, como por exemplo melhor desempenho multi-tasking.

Isto significa que a PS4 Pro consegue correr jogos nativamente a 4K, mas por uma margem não muito grande. Iremos encontrar vários jogos que não correrão nativamente a 4K mas sim por upscaling, simplesmente porque os compromissos gráficos para atingir esta resolução são vários.


“Iremos encontrar vários jogos que não correrão nativamente a 4K mas sim por upscaling, simplesmente porque os compromissos gráficos para atingir esta resolução são vários.”


Em termos práticos, mantendo a resolução e qualidade gráfica, a PS4 Pro consegue correr a 60 fps jogos que a PS4 corria a 30 fps, desde que se assegure uma boa optimização do jogo para a consola. Um bom exemplo disso é o Rise of the Tomb Raider, que tivemos oportunidade de experimentar, que oferece três modos na PS4 Pro: um que corre a 4K nativos, outro a 1080p/60fps e outro a 1080p/30fps mas com gráficos melhores em relação à versão PS4 (que corre a 1080p/30fps).


Ratchet & Clank é também um exemplo onde a optimização à nova consola funcionou muito bem e as vantagens de uma televisão 4K são claramente perceptíveis.

Mas também há jogos mau adaptados à PS4. Call of Duty: Infinite Warfare e até mesmo Uncharted 4: A Thief's End são jogos em que as diferenças não são muitas, talvez por não estarem a correr a 4K nativos.


“Outra coisa importante a reter é que todos os jogos já disponíveis e futuramente lançados correrão em ambas as consolas.”


Temos de levar em conta que só estamos a falar de jogos que já saíram e cuja disposição da produtora para trabalhar num patch que faça uso do novo poder gráfico também entra em jogo. Só realmente teremos noção do que a PS4 Pro é capaz com os futuros títulos.


Outra coisa importante a reter é que todos os jogos já disponíveis e futuramente lançados correrão em ambas as consolas. Não haverão exclusivos para uma ou para outra. A grande diferença é que certos títulos farão uso do poder adicional da PS4 Pro, oferecendo melhor framerate, resolução ou gráficos (dificilmente mais do que um destes) quando comparado com a versão da PS4.

Em termos práticos tudo pode ser resumido facilmente no quadro seguinte: 

  • Tens uma TV 4K? Não tens a PS4? PS4 Pro, sem dúvida.
  • Tens uma TV 4K? Já tens a PS4? Depende, tens 400 euros e não sabes bem onde gastar? Se sim, a PS4 Pro vai compensar a longo prazo.
  • Não tens uma TV 4K? Não tens a PS4? A minha sugestão é a PS4 Pro, os 100 euros adicionais agora vão compensar a longo prazo com melhores framerates e gráficos.
  • Não tens uma TV 4K? Já tens uma PS4? Mantém a PS4, gastar agora 400 euros é um investimento demasiado caro para algo que não vais tirar proveito de imediato.



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