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[Análise] Call of Duty: Black Ops



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Terá a Treyarch corrigido as falhas do jogo anterior? Ou ainda deixou algumas lacunas?

Veredicto
Call of Duty é talvez o shooter mais popular das multiplataformas, e, possivelmente, o que mais rendeu. Antigamente, até ao jogo número quatro, costumava ser um jogo da segunda guerra mundial, porém Call of Duty 4: Modern Warfare veio revolucionar por completo a história da série e, diga-se, para melhor. A Treyarch ainda tentou um regresso à história da segunda guerra, porém este tema já estava morto para a história dos videojogos. O que os jogadores mesmo queriam era combater com armas do presente.
Modern Warfare 2 foi, sem dúvida, um jogo bastante bom, no entanto apresentou várias falhas que foram fortemente criticadas pelos jogadores, sobretudo ao nível do multiplayer. A meu ver, o que falhou foi que a Infinity Ward quis tanto pôr funcionalidades extra no jogo que deixou de ser um jogo de skill, mas mais um de sorte, do género de "pedra, papel ou tesoura": os jogadores com um determinado perk conseguem facilmente matar o outro, mas também são vulneráveis aquele.
A Treyarch pretendeu pôr fim a estas falhas e lançar o multiplayer definitivo, sem esquecer, obviamente, a história.
Vamos ver entrão.

Mal metemos o disco na consola (ou no PC) vemos uma breve introdução do jogo, como um trailer. Aviso-vos já, espero que gostem do pequeno vídeo, pois irão vê-lo sempre que meterem o jogo, e não dá para passar.
O menu é bastante caricato também mostando-nos uma espécie de sala de tortura. E é aqui o ponto de partida da história de Black Ops.
Posso resumir a história do jogo de maneira muito simples (e também sem revelar spoilers, como é óbvio):
Black Ops decorre na década de 1960. Alex Mason está a ser interrogado, com o principal objectivo de revelar uma posição no globo que está codificada por uns números que só ele consegue decifrar (irão perceber mais à frente na história porquê). E a grande maioria do jogo passa-se assim em que as missões que Mason faz (e que nós controlamos) são lembradas a partir de flashbacks. Só no final do jogo é que voltamos ao presente.
A história está bastante boa, atrevo-me mesmo a dize que é talvez a melhor da série Call of Duty. Pode não ter aqueles momentos épicos, como em Modern Warfare e Modern Warfare 2, mas, no geral, todo o enredo está bastante bem construído. Também há bastantes reviravoltas no decorrer do jogo, o que nos cativa ainda mais a jogar para saber o que aconteceu. IRá haver personagens que irão morrer, para nossas tristeza, traições e traidores, tudo o que podem imaginar de um filme de cinema.
E, aviso desde já, ao contrário do que tem acontecido com os capítulos anteriores da série, gostei muito mais de jogar a hitória deste Call of Duty do que o seu multiplayer. Em Modern Warfare, por exemplo, adorei a história, mas foi o online que mais me cativou. No entanto, o contrário acontece com este sétimo capítulo da série, gostei mesmo muito de jogar o singleplayer, acreditem, mais que o multijogador.
Se comprarem o Black Ops apenas pela campanha, não será uma má escolha. A única falha seria talvez a duração de apenas 7 horas e pouco.


Passando ao departamento gráfico.
Confesso que estou um pouco desiludido. Apesar de ter umas cores bastante realistas, o anti-aliasing está mau e o alcance da visão é baixo (os gráficos na linha do horizonte estão bastante baixos e sem pormenores). Também há pouco brilho e os contornos estão pouco definidos. Tenho também um pormenor a relatar, é mais uma opinião pessoal, mas as cores dos flashbacks e das cenas em que Mason está a ser interrogado fazem-me bastante confusão. Acredito que dê até dores de cabeça ou enjoos a algumas pessoas (mesmo que não sejam epilépticas). Provavelmente não notarão a mesma coisa, mas a mim faz-me imensa confusão. A água também podia estar melhor feita: está com uma física boa, mas com pouca definição.
No entanto, não são só aspectos maus. As expressões faciais das personagens estão extremamente realistas, devido sobretudo ao novo sistema de captura de movimentos. As faces no geral, estão bastante bem conseguidas com a cor certa de pele e o cabelo igualmente com a física certa (embora com pouco detalhe).
Porém, há algo pelo qual Black Ops está a ser fortemente criticado: as versões PS3 e PC.
Acontece que estas duas versões estão com taxas de FPS bastante más e insctáveis. Isto acontece, na versão da Sony, porque pelos vistos o jogo procura constantemente updates dos amigos que estão a jogar o que leva a consumir bastante o CPU da consola e, consequentemente, a lentidão de jogo. Na versão PC, o processador chega aos 100% de utilização, uma quantia anormal de consumo e que, para além de poder danificar o CPU devido a sobreaquecimento, quebra bastante as taxas de framerates.
A versão Xbox 360 parece ser a única que está isenta de erros, como tem acontecido com outros jogos, e já foi provado também, por comparação, que apresenta melhores gráficos que as outras versões.
A Treyarch já está a trabalhar no assunto, e espera-se que seja efectivamente corrigido. Porém, apenas podem melhorar a fluidez de jogo, e não os gráficos, pelo que alerto já os que pensam comprar a versão PS3 de que nunca terão a definição visual que teriam se jogassem na X360 ou no PC.
Continuando, a física está bastante boa no geral. Tenho de realçar o sangue que foi o mais realista que vi até hoje. Ao contrário de muitos jogos actualmente, este líquido vermelho já não cai como se fossem "pedras" do corpo, mas agora, quando atingimos alguém, o sangue sai como nuvens de aspersão, parecendo (muito) mais realista.
Não podia deixar passar igualmente esta parte sem falar do arco com flechas explosivas. Se nunca acertaram em ninguém, durante a campanha, com uma flecha explosiva, têm de experimentar. As animações são várias. Acertar no inimigo na cabeça, por exemplo, enquanto ele está a correr, projecta-o para trás, explondindo enquanto ele está no chão. Já se acertarem no ombro, este fica a olhar com um ar muito preocupado para o sítio correspondente, antes de ir pelos ares. E há outras animações, para a perna, mão, braço, enfim, apra tudo! Parabéns Treyarch!


Falando agora da jogabilidade. Considero que está melhor que em MW2. Acontece que já não é tão fácil acertar em alguém: o aim assist, embora ainda bastante presente, foi reduzido ligeiramente, tornando a experiência bastante mais realista e imersiva. Nota-se, sobretudo no multiplayer, em que a mira já não segue o jogador tão intensivamente.
A jogabilidade está, no entanto, menos fluida, pelos erros que acima relatei. Não conseguimos jogar com aquela fluidez que encontrávamos anteriormente, no entanto continua bastante boa.
Aproveito e falo já da variedade da história. Está novamente de parabéns a Treyarch. Está mesmo muito variada a experiência singleplayer. Desde conduzir barcos, helicópteros, controlar um esquadrão de um Blackbird, fazer rappel, tudo está espectacularmente bem feito, nunca nos fazendo cansar da jogabilidade, e nunca sendo repetitiva. O grau de dificuldade está adequado. O modo Veterano está ligeiramente mais difícil (talvez devido à redução do aim assist) e os inimigos são inteligentes. É mesmo difícil matar alguém com uma granada, fogem muito rapidamente. Já a nossa equipa, porém, pouco faz para nos ajudar a combater as vagas que nos vão aparecendo pela frente. Já me salvaram, porém, de algumas situações de morte certa.
Há várias novas armas no jogo, com especial destaque para o arco e flecha, como já referi, e ainda mais os Valkyrie Rockets (mísseis controláveis a partir do chão), o tão conhecido carro telecomandado RC-XD para o multiplayer (explosivo ao impacto), e muitas outras armas que anteriormente não tínhamos visto na série. Também temos novas granadas, como a Nova Gas (tóxica, mata gradualmente) que vai ser grande objecto de discussão durante a campanhar (Nova 6) e a Decoy, que simula disparos que aparecem no radar do inimigo (muito útil no online). Há também novos equipamentos, como uma câmera e um motion sensor.
E já agora, passamos já para o online. Mais uma vez, estou um pouco desiludido. Quer dizer, o multijogador está muito bem feito, tal como todos os Call of Duty, mas aí é que está o problema. Está bem feito, é uma experiência agradável, e depois? Que chatice.
A Treyarch bem que tentou inovar com a introdução da moeda no jogo. Este novo sistema desbloqueia-nos todos os attachments, perks, equipmento, etc. assim que atingimos o nível necessário, cabendo a nós decidir o que comprar com os CoD Points. Pessoalmente, não gostei do novo sistema. Ganhar dinheiro não é difícil, mas comprar tudo vai demorar bastante tempo e não se resume apenas a subir de níveis, como nos jogos anteriores da série. Alguns irão gostar deste novo sistema. Pessoalmente, não gosto.
Contudo, adoro uma nova adição: os Wager Matches. Para aqueles que não gostam de apostar (como eu) podem escolher o nível mais baixo de apostas (de três níveis) e o que perdem é muito pouco (dependendo do que apostarem, não mais de 20 points). E os quatro modos que oferecem são todos eles excelentes:
Gun Game já era bastante conhecido (para quem jogava Counter Strike: Source, por exemplo). Todos começam com a mesma pistola. Matam alguém, sobem para o nível a seguir, que corresponde a umar ama mais forte. São 20 níveis e o último corresponde ao lança-facas. Se conseguirem matar alguém com a faca, essa pessoa desce um nível (por isso tomem cuidado com as costas). Se se matarem a voçês mesmos, descem um nível (cuidado com as armas explosivas).
One In The Chamber, talvez o mais difícil para mim. Todos começam com a mesma pistola (e só com a pistola) e uma bala. Matem alguém com o único tiro de que dispõem e é vos concedida uma nova bala. Falhem o tiro, boa sorte para o duelo de faca. Ha, e já me esquecia, só têm três vidas.
Sticks and Stones, o meu preferido. Todos os jogadores têm um arco e flechas explosivas, um lança-facas e uma Tomahawk. Cada vez que matam alguém ganham dinheiro (só no jogo). No final, o jogador com mais dinheiro (mais mortes) ganha. Se acertarem em alguém com a Tomahawk, repõem o dinheiro desse jogador a zero. Sabe muito mal... 
Por fim, Sharp Shooter. Todos começam com a mesma arma que é escolhida aleatoriamente no início do jogo. Ao fim de 45 segundos, muda-se para uma nova arma aleatória, e com attachments aleatórios. Ganha o jogador com mais mortes (muito provavelmente, portanto, o que melhor se conseguir adapatar a cada arma).
Irão gostar muito destes modos, estão excelentes.
Também existe agora uma maior personalização: podem personalizar o emblema totalmente a vosso gosto, com várias imagens e camadas disponíveis para o mais original dos jogadores e, posteriormente, podem meter esse emblema na vossa arma, juntamente com uma das imensas camuflagens disponíveis para essa arma. Também podem pintar a cara de uma das pinturas disponíveis. Gostei imenso igualmente do pormenor da retícula nos Red Dot Sights que pode ser um desenho de entre os muitos disponíveis (pode ser, por exemplo, um smiley ou uma caveira) e ainda podem mudar a cor da mesma.
Os mapas multijogador estão bastante bem construídos, variados e equilibrados. Para quem achar que ainda não é suficientemente bom para jogar contra outros jogadores, pode sempre treinar no Combat Training e jogar contra o CPU, antes de entrar no mundo competitivo do online.
No geral, quem gostou do multiplayer dos Call of Duty anteriores, também irá gostar deste. No entanto, apesar dos esforços da Treyarch para alterar a experiência de jogo, a base é a mesma dos restantes capítulos da série e, aqui entre nós, já começa a fartar um bocado.


Já o som, só posso falar bem. As vozes que encarnam as personagens não podiam corresponder melhor ao carácter em questão. Reznov, por exemplo, é talvez a melhor interpretação do jogo, com uma eloquência da voz que não se adaptava a mais nenhuma personagem. Também Woods e Mason foram bem retratados, com alta competência sonora, sendo facilmente destinguível de quem é a voz no meio do barulho das batalhas.
O som das armas está bastante mais realista, o mesmo para as explosões.
Gostei bastante também do pormenor da música enquanto jogamos, em algumas secções. Dá muito mais acção ao jogo, tornando a experiência bastante mais intensiva. E, já que falamos em música, no geral corresponde bem ao jogo, forte quando assim é pedido, mais melódica em momentos mais tristes.
Quanto à longevidade, têem aqui jogo pelo menos até meio de 2011. A campanha dura cerca de 7 horas em Regular, mais coisa menos coisa. Um pouco mais para a dificuldade Veterano e ainda mais se quiserem apanhar todos os Intels.
Depois disso, ainda têm o multiplayer que, se não se fartarem das quedas no meio do jogo (sobretudo na versão PS3), do lag e de demorar quase 10 minutos para encontrar um jogo com amigos, promete vos entreter por muito tempo.
Por fim, têm à vossa disposição o modo Zombies que, há que referir, está bastante bom. Jogar com amigos, sobretudo, transmite uma emoção bastante grande, especialmente nas vagas mais avançadas de inimigos, onde o clima intenso e o número de inimigos vai vos fazer gritar pelo microfone.

O que podemos concluir de Black Ops? Bem, é uma pergunta difícil. A campanha está estrondosa, o multiplayer nem por isso, especialmente por ter as mesmas bases do jogo anterior. A Treyarch está de parabéns, de qualquer das formas, continua a ser uma experiência de jogo emocionante, que, com a adição do split-screen a mais modos de jogo, vai-vos colar ao sofá por muitas horas.
Se é o melhor FPS do ano? Bem, segundo os Video Game Awards é claramente o vencedor. Porém, fico na dúvida se concordo com o prémio ou não. É realmente um shooter de muito boa qualidade, mas muitos jogadores irão torcer o nariz a este jogo, enquanto que outros irão adorá-lo.
Uma coisa é certa, Black Ops é, sem dúvida, um jogo de peso.







Cores fracas, detalhes pouco polidos e baixa nitidez. As quebras de FPS acontecem algumas vezes, sobretudo com as versões PC e PlayStation 3.Contudo, as expressões faciais estão magníficas e os detalhes no geral, a curta distância, estão bem trabalhados.
Ponto negativo para os tiros das metrelhadoras pesadas quando fazemos zoom, que mais parecem traços desenhados no paint que outra coisa...
Pode-se dizer que Black Ops é um jogo que está bom visualmente de perto. Se olharem para o horizonte, podem ficar desiludidos com a fraca qualidade.





A variedade durante a campanha é exorbitante, nunca se vão cansar ou achá-la repetitiva. O aim assist foi reduzido, de modo tornar a experiência mais realista e mais difícil, um ponto a favor a meu ver. Matar inimigos com lança-granadas ou rockets continua a ser algo incrivelmente satisfatório e as animações das flechas explosivas estão espectaculares. A campanha conta igualmente com pormenores fantásticos: lembro-me particularmente de assistir a uma execução de prisioneiros, que talvez vos tenha passado despercebida, em que o último é morto à faca devido a terem acabado as balas.





As vozes estão majestosas, assentando que nem uma luva nas personagens que encarnam. Impossível esquecer a voz de Reznov e os gritos que dá enquanto lutamos para sair de uma mina.
A música enriquece a experiência de jogo, sobretudo nas partes mais intensas.
Os tiros estão bem mais realistas e as explosões continuam a fazer-se sentir nos nossos ouvidos.



Campanha que dura entre sete a oito horas, dependendo da dificuldade e se pretendem apanhar todos os intels. Depois disso, ainda têm o multiplayer que irá durar bastante tempo e o modo Zombies que, acreditem em mim, está bastante bem feito.




Black Ops é, para todos os efeitos, um shooter incrivelmente bem conseguido. Respondendo à pergunta do início da análise, se conseguir preencher as lacunas que o título anterior deixou, considero que sim.
Faltam algumas arestas por limar, no entanto é uma experiência que adorei sentir.



Cumprimentos,

Lopes.

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