Kan Gao - Entrevista




To the Moon foi o jogo mais surpreendente que joguei no ano transato. Apesar de ter os seus contras, como o gameplay que é fraco, é um jogo marcante e um que deve ser jogado por todos aqueles que querem uma experiência marcante. Saibam mais sobre o jogo na nossa análise. A produtora do jogo, a FreeBird Games, é personificada por Kan Gao, conhecido pela alcunha "Reives", um canadiano que tive o prazer de trocar alguns e-mails, e fazer-lhe assim uma entrevista sobre o processo criativo de To the Moon, planos para o futuro e os seus gostos pessoais. Fica aqui então a transcrição da entrevista, devidamente traduzida.


Pedro Lourenço - Pode explicar aos leitores que tipo de software house é a Freebird Games?

Kan Gao -  A Freebird Games começou como uma marca para projetos pessoais, e não mudou muito desde então. Como não há qualquer tipo de publicadores de fora envolvidos, fazemos apenas o que nos apetece e preocupamo-nos com a bancarrota depois.


PL - Falando do sucesso de To the Moon, estava à espera de uma resposta tão boa, quer do público, quer da crítica?

KG-  Não a esta escala; estou realmente agradecido pela sua recepção por parte de ambos até agora.


PL - O Kan é um dos compositores da música do jogo. Qual é a diferença entre escrever música para uma plateia e escrever música para um videojogo?

KG-  Com os videojogos, há o fator acrescido do contexto. Há mais camadas que se pode adicionar dada a conexão com a história, mas também é bastante importante moderarmo-nos para que a música não sobreponha a cena de uma maneira desequilibrada.


PL - No final de To the Moon, está implícito que o jogo faz parte de uma série. Estão novos jogos em desenvolvimento?

KG-  Certamente. Cada episódio terá um paciente diferente com a sua própria história, com os mesmos dois doutores a atravessarem-na.


PL - O que pensa sobre esta febre de jogos indie?

KG-  Penso que não é bem uma tendência, uma moda, apenas um progresso geral para dar-se mais atenção à cena indie. No entanto, veremos com o tempo.


PL - Há planos para o futuro, isto é, não relacionados com a série de To the Moon?

KG-  É difícil dizer para já; as coisas estão a andar mais rápido do que eu estava à espera, por isso há muita monitorização e adaptação envolvida neste momento.


PL - Quais são os seus jogos favoritos?

KG-  Dragon Age: Origin, a série Mass Effect e vários RPGs clássicos em 2D.


PL - E os que o inspiram nos seus jogos?

KG-  Mais os RPGs clássicos, mas também filmes como Eternal Sunshine of the Spotless Mind e Memento.



Agradecemos ao Kan pela entrevista, e eu deixo um agradecimento pessoal por ter feito um dos jogos mais brilhantes que já joguei. Poucas histórias me fizeram chorar, e a de Johnny e River foi uma delas.

Thank you, Mr. Reives!



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