[Análise] Donkey Kong Country: Tropical Freeze



ANÁLISES
























Donkey Kong Country: Tropical Freeze é o primeiro grande jogo de Donkey Kong a chegar à Wii U, depois de passagens honrosas pela Wii e 3DS. Para além dos gráficos melhorados e em alta-definição, uma das mascotes mais icónicas da Nintendo conta também com jogabilidade aprimorada e renovada.

Veredicto

A Nintendo sempre foi conhecida pelos seus fantásticos jogos de plataformas, nomeadamente por duas séries distintas que brilham neste género: Super Mario e Donkey Kong. Se 3D World foi um dos melhores títulos que jogámos o ano passado, Tropical Freeze assume-se como outra aposta de peso, um exclusivo há muito esperado para a Wii U.

Aquilo que notamos logo à primeira vista são os gráficos. Apesar de não serem tão bonitos como em 3D World, são suficientes para deslumbrar em certas partes, sobretudo nas aproximações de câmera às personagens, em que até dá para ver perfeitamente o pêlo de Donkey Kong. A cutscene inicial, apesar de ser pré-renderizada, é digna de um filme de animação e situa bem o jogador na história do jogo, que é simples por si mesma.

Os gráficos estão bem bonitos

Escusado será dizer que o jogo corre a uns fluidos 60 fps constantes, sem quebras ou soluços. Mesmo as secções debaixo de água ou nos carrinhos, em que há mais elementos ao mesmo tempo, mantêm a framerate estável. O que aliás é uma coisa essencial neste jogo pois, tal como a série nos habituou, Tropical Freeze é um dos jogos mais difíceis para a Wii U.

E sim, refiro-me àquele nível de dificuldade que por vezes dá vontade de arrancar cabelos. Se algumas fases nos parecem perfeitamente fazíveis e fáceis, outras secções trollam completamente o jogador, fazendo-nos gemer de raiva porque a culpa supostamente não era nossa! Por vezes o jogo também não é completamente explícito no modo como é suposto passarmos certa parte do nível, sobretudo nas partes aceleradas em que temos de agir rápido. Morrer e voltar a tentar é a única solução.

Felizmente Tropical Freeze tem um coração bom e recompensa-nos com várias vidas ao longo do jogo. Rapidamente o jogador se encontrará com dezenas de vidas, pelo que o ecrã de game over deverá ser difícil de encontrar. Também podemos comprar vidas (entre outros extras) na loja do jogo com as moedas que apanhamos nos níveis.

Há níveis dificílimos, de arrancar os cabelos
A jogabilidade em si é incrivelmente precisa. Os controlos respondem na perfeição e de maneira correcta, tal como um jogo de plataformas deve ser. Se a dificuldade é grande, os jogadores mais experientes serão recompensados com as suas habilidades e reflexos rápidos. O nível de perícia de Tropical Freeze é elevadíssimo, isto é, demorarão imenso tempo até conseguirem chegar aos calcanhares da malta profissional e do topo das tabelas classificativas online.

As fases também estão bem longas, podendo demorar até 10 minutos uma fase normal (felizmente temos mais que dois ou três checkpoints por nível). Existem ainda saídas secretas em algumas fases, que levam a níveis diferentes do percurso normal de cada mundo. Isto adiciona um factor de rejogabilidade, já que o jogador terá interesse em descobrir como serão as fases extra.

Os loadings, devo dizer, estão um bocado demorados, sobretudo a sair de cada nível. Nada que incomode em demasia, no entanto.

Os inimigos são variados e interessantes
Existem três personagens que podem subir às costas de Donkey Kong: Diddy Kong, Dixie Kong e Cranky Kong. Cada um deles tem a sua habilidade própria; o primeiro é o clássico jetpack, que nos permite planar por um tempo no ar; Cranky Kong usa uma estaca para nos salvar se cairmos em sítios espinhosos ou que tomaríamos dano; por fim, e o meu preferido, Dixie Kong consegue prolongar e elevar o salto de Donkey Kong, sendo de enorme utilidade.
E podemos ainda controlar o rinoceronte Rambi: muito divertido!

Todas estas personagens poderão ser encontradas em várias fases, variando e muito a jogabilidade para que esta não se torne repetitiva. O próprio jogo em si tenta variar os níveis: se num mundo irão percorrer a selva, no seguinte poderão andar de carrinho por desfiladeiros ou grutas, ou mergulhar por debaixo de água. Além disso, há mini-jogos dentro das fases, como apanhar certo número de bananas num intervalo de tempo para obter um colecionável. E por falar nisso, apanhar todos os coleccionáveis de cada fase não é nada fácil!

E, claro, há ainda os icónicos bosses de Donkey Kong. E devo dizer que isto é o exemplo clássico de um boss. Difícil, longo, e irritante. Cada chefão de Tropical Freeze, apesar do seu ar cómico por vezes, tem as suas habilidades características e pontos fracos. Cabe ao jogador conseguir manter-se vivo e derrotar o boss, o que não é tarefa fácil. As fases são grandes (cerca de 10 minutos também) e se morrerem começam do início.
São sempre fantásticas estas lutas contra bosses, e o auge de cada mundo.

Apesar do aspecto bizarro, os bosses são bem difíceis e têm bastante vida
O pano de fundo das fases é lindíssimo, com montes de detalhes e cheio de vida. É uma pena estarmos tão concentrados a passarmos pelos níveis que não possamos prestar atenção às paisagens que se desenrolam no background. E o que também está fantástico (e talvez o grande ponto forte do jogo) é a trilha majestosa. Épica e variada, as várias músicas encaixam na perfeição com o carácter intrínseco de cada nível e mundo, e em cada boss. David Wise fez um trabalho fantástico, compondo uma trilha sonora incrível.

Sobre pontos negtivos do jogo, apenas tenho a apontar o facto do GamePad não ser utilizado (enquanto estamos a jogar na televisão, o mesmo fica preto). Além disso, não achei o cooperativo muito útil ou que faça sentido. É divertido por si mesmo, por ser um cooperativo para duas pessoas, mas a verdade é que o jogo fica muito mais fácil quando o segundo jogador sobe às costas de Donkey Kong. Por essa mesma razão, e pelo facto de ambos estarem a gastar vidas, jogar a solo é o recomendável. Claro que podem (e devem) jogar com um amigo sempre que podem.

Jogar em cooperativo não traz grande vantagem, para além da diversão



Não são tão bonitos como outros exclusivos da Wii U, mas mesmo assim são dos melhores que se podem encontrar nesta consola. Cenários variados e paisagens de fundo belíssimas, aliados a uma framerate fluída e constante. Que se pode pedir mais?



Um dos melhores jogos de plataformas, não somente da Wii U, como desta geração. Tropical Freeze é o exemplo a seguir de um jogo deste género: difícil, desafiante e com uma jogabilidade precisa e viciante. O cooperativo poderia estar melhor.



Sem dúvida, uma das trilhas sonoras mais brilhantes. É dos pontos altos do jogo e encaixa na perfeição com cada fase, mundo e boss. David Wise faz um trabalho soberbo, compondo uma orquestra sonora deslumbrante.



Pouco mais de 10 horas é o que demorarão para terminar Donkey Kong Country: Tropical Freeze. Felizmente há interesse em jogar depois de terminarmos os mundos principais, tentando percorrer os níveis novamente em tempo recorde ou desbloqueando as fases extra.



Sistema de pontuação
Tropical Freeze é um dos melhores títulos da actualidade para a Wii U, pelo que não vejo nenhum motivo para que qualquer possuidor da consola não o adquira. É um inegável exemplo de qualidade de um jogo de plataformas, que consegue ser viciante e desafiante. Absolutamente recomendado.



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