Destiny - Primeiras Impressões



ESPECIAIS



O Gamer Source teve acesso à alpha de Destiny para PlayStation 4, que decorreu de 12 a 17 de Junho e relata as suas primeiras impressões depois de explorar o mundo do jogo da Bungie.

Dos criadores da série Halo, não se pode esperar muito menos que um título de peso. As expectativas para Destiny eram portanto bastante elevadas, sobretudo depois das demos e trailers apresentados ao longo dos últimos meses.

Destiny situa-se 700 anos no futuro num clima pós-apocalíptico. Os humanos espalharam-se e colonizaram outros planetas do Sistema Solar, contudo um evento denominado "Collapse" destruiu estas colónias e colocou a humanidade à beira da extinção.

Os únicos sobreviventes vivem agora na Terra, salvos por uma estranha esfera branca gigante conhecida como "Traveller". Os últimos defensores da humanidade, os "Guardians of the City" descobriram que raças alienígenas ocuparam as antigas colónias da humanidade e dirigem-se para a Terra. O jogador assume o papel de um destes guardiões, com o objectivo de eliminar estas ameaças antes que a humanidade seja extinta.


Contudo, nada disto é contado na alpha (embora, claro, seja de esperar que tal aconteça na versão final). Saltamos logo para o menu de criação de personagens das quais podemos escolher três classes: Hunters, Warlocks, e Titans. Pessoalmente, optei por esta última por me parecer ser a classe mais adequada ao clássico estilo de shooter.

Warlocks são mais especializados em usar poderes enquanto que os Hunters, como o nome sugere, é uma classe mais focada na furtividade. Há ainda três raças por onde escolher: Humans, Awoken, e Exo. Fiquei-me pelos humanos.

Apesar de não ser dos mais completos, o menu de criação de personagem pareceu-me vasto o suficiente para várias combinações possíveis e o esquema de controlo de menus (usando o analógico para mexer um "rato" como no PC) que ao início me pareceu estranho, acabou por me agradar bastante e se tornar prático.


O que salta logo à vista na missão que nos é atribuída como uma espécie de tutorial da alpha são os gráficos. Não são dos mais bonitos que já vi na nova geração, mas certamente não ficam muito aquém. As regiões são bonitas e vastas, e o sistema de dia/noite atribui ainda mais variabilidade.

O que não gostei foi da taxa de 30 frames por segundo. Para um shooter, acaba por pesar bastante esta baixa framerate, ainda que se mantenha constante. Sei que é algo tecnicamente difícil num mundo aberto como Destiny, mas 60fps ficariam excelentes.

A banda sonora, como seria de esperar da Bungie, está muito boa, complementando bastante bem a acção que decorre durante os tiroteios e os momentos mais calmos de exploração. Parece-se até um pouco com a trilha de Halo, notando-se bem as raízes da produtora.


A jogabilidade também se encontra afinada, embora difícil. Ao contrário de outros shooters, as armas têm um coice muito maior e para os lados, dificultando grandes rajadas a longas distâncias. De resto, os controlos são intuitivos e genéricos, permitindo aprender rapidamente as mecânicas.

O facto de termos sempre uma "bússula" disponível com o premir de um botão ajuda-nos sempre a orientar para o destino da missão, sobretudo quando o mundo é vasto como em Destiny.

Além disso, temos ainda um veículo para percorrermos mais rapidamente o terreno. Não sei ainda que diferenças concretas haverão entre veículos mais avançados (para além de velocidade e boost superior) e se por exemplo algum deles terá armamento disponível.

Não podia deixar de referir a excelente Inteligência Artificial dos inimigos, que tentam sempre posicionar-se estrategicamente no mapa, flanquear-nos quando estão em maior número e jogar defensivamente quando vêm que estão a perder o tiroteio.


Para quem gosta de jogos MMO, Destiny parece ter grande potencial. Os menus são super-intuitivos facilitando bastante a vida para quem é novo neste género de jogos e em RPG's no geral.

Podemos encontrar mais pessoas ou longo da nossa jornada pelas missões de exploração ou ir directo à Tower (a cidade principal do jogo com os vendedores, cofres, caixas de correio, missões secundárias, etc.) para formarmos uma equipa com outros jogadores. Na alpha ainda não havia muita gente e um bug fazia com que por vezes a nossa sessão ficasse sem qualquer outro jogador presente. Na versão final esperamos poder ver o verdadeiro potencial multijogador de Destiny.


Para além da Terra, onde se encontram as missões cooperativas e de exploração, temos ainda o Crucible onde se darão os combates competitivos PvP (Player versus Player). Na alpha apenas estava disponível o modo Control, o clássico modo de dominar três bases para a equipa ir ganhando pontos; a primeira equipa a atingir determinado número de pontos ganha. Nota-se bem demais a discrepância para jogadores de níveis mais altos, com armaduras e armas bastante superiores. Penso que falta uma forma de balanceamento neste aspecto.

Pessoalmente, achei mais interessantes as missões cooperativas e a interacção social que as missões de exploração podem trazer. Juntar um grupo de amigos para completar várias quests e desafios promete ser um dos pontos altos de Destiny.

Contudo, aqueles que se sintam mais atraídos pelo modo competitivo podem assim fazê-lo para evoluir a personagem e ganhar equipamento, deixando de lado as quests cooperativas e de exploração.


Como ponto negativo tenho a apontar os tempos de loading. São demasiados longos e frequentes. Cada vez que viajamos para outra localização são cerca de 20 segundos ou mais de espera, e não só. Quando alteramos uma peça de armadura ou arma do nosso personagem através do menu, por exemplo, demora imenso tempo até que tenhamos um preview estético das novas alterações.

Estes são apenas alguns dos exemplos de problemas de  loading que encontrámos na alpha, mas que esperamos serem resolvidos (pelo menos na maioria) na versão final.

Em resumo, a alpha de Destiny excedeu-nos as expectativas. Não esperávamos encontrar um MMO com tanta qualidade e potencial, capaz de introduzir com mestria um género ainda pouco explorado nas consolas.

Sem dúvida ficámos a desejar por mais e mal esperamos para poder voltar a meter as mãos no jogo. Está agendada ainda uma beta a partir de 17 de Julho para PS3 e PS4 para quem fez a pré-reserva.

A versão final de Destiny chega a 9 de Setembro para PS4, Xbox One, PS3 e Xbox 360.



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