Metal Gear Rising: Revengeance - Análise



ANÁLISES


Versão testada: PC



















O futuro da guerra nunca foi tão negro! Soldados que combatem arduamente, presos num ciclo onde os seus pensamentos se encontram bloqueados pela tecnologia avançada. E para quê? Talvez para a proteção dos mais fracos? Ou será pelos interesses dos mais ricos e poderosos? São este tipo de temas que Metal Gear Rising: Revengeance coloca em questão. 

Cada vez mais temos jogos que nos conseguem pôr a pensar e duvidar o meio que nos rodeia. Provavelmente, esta afirmação poderá para muitos constituir um elogio, o que sinceramente acaba por ser verdade. Mas mais importante do que impor estes novos meios de reflexão, é o divertimento que sentimos ao nos introduzirmos nestes brilhantes mundos virtuais e Metal Gear Rising: Revengeance faz um excelente trabalho nessa vertente.

Veredicto

Não é todos os dias que os fãs de uma série se podem sentir orgulhosos por existirem spin-offs de extrema qualidade, mesmo quando existem alterações base no ADN de uma saga com tantos anos de existência. Portanto, talvez deva começar por dizer que Rising está longe de ser perfeito. Aliás, se já antes achavam que Kojima encontrava-se constantemente num limbo entre o ridículo e o genial, aqui a barreira é mesmo ultrapassada e infelizmente muitas vezes é a do ridículo. Após a existência de algumas dificuldades nos estados primórdios da produção deste título, Kojima decidiu entregar tamanho projeto nas mãos da Platinum Games. Caso este nome não vos diga nada, saibam que estou a falar de uma produtora de extrema qualidade, com títulos como Vanquish, Bayonetta e Bayonetta 2 no seu longo currículo. Esta nova abordagem conseguiu trazer a este ambicioso projeto uma nova esperança, que por sua vez resultou num jogo que exige respeito.


Metal Gear Rising: Revengeance acompanha a história de Raiden, protagonista de Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty, após os eventos de Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots. Agora, num corpo ainda mais robótico, controlamos um Raiden mais poderoso e feroz, eliminando todos inimigos que tentem obstruir o seu caminho. Para além disto, trabalhamos agora para uma agência que tem como objetivo ajudar na manutenção da paz por todo o mundo. Contudo, não demora muito até uma superpotência empresarial sentir que tamanhos esforços devam ser parados. É certo e sabido que o negócio mais rentável dos E.U.A. é a guerra! Independentemente dos sacrifícios que os inocentes tenham de sofrer, existem ideologias e ganhos monetários que expliquem tais atos.

A narrativa é boa, no entanto não elevem em demasia as vossas espectativas. Kojima é um génio dentro da indústria, tanto em níveis de criatividade como em construção de argumentos brilhantemente explorados. Infelizmente, Kojima apenas supervisionou este projeto, deixando os importantes papéis nas mãos de outras pessoas. Neste estado de espirito, Rising apresenta uma narrativa capaz e intuitiva. Existe uma base temática para refletir, mas provavelmente a furiosa velocidade no qual se apresenta a jogabilidade abrande essa mesma linha de pensamento.

Se o argumento dá provas de decisões bem concebidas, a jogabilidade é elemento de ouro deste título. Seguindo as pisadas de jogos como Devil May Cry, Bayonetta e God of War, Metal Gear Rising: Revengeance é um hack’n slash puro e duro. Enquanto isto poderá afastar alguns fãs mais ferrenhos, abrirá a porta a novos jogadores que pudessem estar interessados no mundo de espionagem mais mediático da indústria.


Podem alternar entre armas deixadas pelos Bosses, que por sua vez podem ser adquiridas a partir do momento que os vencemos. Estas pertencem aos ataques secundários, visto que a espada de Raiden é a arma principal do jogo. Melhor do que as combinações que podem ser executadas entre este dois tipos de ataques, é o facto de podermos ainda comprar novos e poderosos golpes para cada uma das armas. O melhor de Rising está na velocidade destes mesmos ataques. Estar na pela de um ninja/samurai ciborgue com muito estilo é realmente compensador! Se acham que tudo isto é pouco, podem ainda equipar armas de fogo (mais precisamente lança-mísseis) e disparar a qualquer momento. Apesar de ser um pormenor bastante interessante, nem sempre resulta como gostaríamos, isto pelo facto de não nos podermos movimentar rapidamente durante o uso das mesmas. Ainda melhor é o modo “Blade”, que basicamente nos coloca a cortar os inimigos aos pedaços em slow motion. Acreditem que irão usar bastante este modo, não só pela diversão imposta mas também pela mais-valia nele existente.

No entanto, as surpresas não acabam por aqui! Metal Gear será sempre conhecido por ser o pai dos jogos de ação furtiva e Rising tenta homenagear dentro dos possíveis. Não só os alertas estão de volta, como poderemos passar algumas secções em stealth... e sim, poderão usufruir de mortes furtivas. Outro aspeto a ter em conta, é que podemos usar vários objetos de marca da série nessas mesmas secções furtivas. A caixa de cartão e o barril de ferro marcam novamente presença, deliciando todos os fãs que esperam obter as “Kojimices” de sempre.

O grafismo é realmente fantástico, tendo em conta que se trata de um jogo com um ano (versão tardia no PC/Steam) e que ainda surpreende pela positiva. Contem com maravilhosos efeitos de luz e texturas de fazer inveja, contudo tal já não é novidade quando falamos nos parâmetros de qualidade exigidos por Kojima. Para além de uma componente gráfica de louvar, Metal Gear Rising: Revengeance conta com um bom trabalho sonoro. Apesar de qualificar como algo entre o Rock e o Heavy Rock, posso afirmar faz bem o seu papel e acreditem quando digo que não sou grande fã destes estilos musicais.


A versão PC de Rising está muito bem otimizada. A Konami parece ter bastante cuidado nas suas conversões para este mercado, deixando sempre uma segurança de qualidade acima da média. Mais recentemente, Metal Gear Solid V: Ground Zeroes provou aos jogadores que podem estar tranquilos neste campo. Não só existem bastantes opções de mudança de qualidade, como todas elas funcionam de forma perfeita e sem erros. Não se preocupem se o vosso PC não é muito potente, pois este jogo foi preparado para correr no maior número de máquinas possível. 

Se olharmos para a longevidade de uma forma critica mas construtiva, descobrimos que se encontra dentro do apreciável. Metal Gear Rising Revengeance foi lançado na Steam após um ano de diferença e como tal apresentou um preço bem mais agradável. Poder adquirir um jogo deste calibre por apenas 20€ é uma dádiva que os jogadores de consolas muito raramente possuem. Portanto, a história principal pode ser completada em cerca de oito horas, havendo depois bastantes VR Missions para completar. Infelizmente, não existe qualquer modo ou componente online, no entanto nem todos os jogos devem ser obrigados a apresentá-la. 




A componente gráfica é das melhores coisas que irão ver em Rising. Certamente haverá outras experiências melhores, mas não deixa de ser impressionante o cuidado técnico aqui demonstrado.



A jogabilidade é fenomenal! Mais importante, o ritmo furioso no qual nos encontramos ao jogar este título deixa-nos emocionalmente bem-dispostos. É super divertido cortar os nossos inimigos aos pedaços, ainda mais com uma resolução tão boa.



O elemento sonoro faz de forma correta o seu papel. Provavelmente poderá significar mais para os fãs dos géneros musicais. O trabalho vocal é muito bom, com apenas algumas excepções. 



A ausência de um modo online retira alguma razão para voltar ao mundo de Rising. Mesmo assim terão algumas VR Missions para vos entreter durante algum tempo.



Sistema de pontuação
Raiden tem assim mais um capítulo de grande qualidade ao seu serviço. Metal Gear Rising: Revengeance pode não ser perfeito, mas podem crer que vos irá divertir imenso. Existem algumas ausências notáveis, ainda mais se verificarmos a indústria nos dias de hoje, contudo encontrarão mais uma fantástico jogo para a vossa coleção digital. 




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