FIFA 16 - Análise



ANÁLISES


Versão testada: PS4























A cada ano que passa temos pelo menos uma certeza na vida: um novo FIFA. A edição deste ano da aposta da EA apresenta algumas novidades, a maior delas sendo a presença de selecções femininas. E o resto? Valerá a pena?

Veredicto

Em primeira instância, o FIFA 16 pareceu-me ser prometedor. Após experimentar não me posso dizer desiludido, apenas posso criticar as minhas altas expectativas. Não me entendam mal, o jogo está bom, apenas não notei grandes diferenças, que seriam expectáveis após um ano a trabalhar no motor da PS4 e Xbox One. Algo que me deixou satisfeito foi o menu ser todo em Português, peço desculpa se ofender alguém, o verdadeiro Português! Ainda que com o novo acordo ortográfico... A competitividade aumentou sem qualquer dúvida, sendo agora mais difícil marcar golos, pois os remates requerem maior mestria da nossa parte, e defensivamente uma boa táctica e estratégia são necessárias.


A competitividade aumentou sem qualquer dúvida, sendo agora mais difícil marcar golos


Sempre que existe uma falta que possa resultar num livre directo tem uma pequena cutscene do árbitro a castigar o autor da falta, caso assim decida, e a pegar na nova tecnologia de spray experimentada no Mundial para delinear o limite da barreira e da própria bola. Após o batimento do livre, o spray continua no chão por algum tempo, o que demonstra realismo, e também fiquei fascinado com a caracterização dos cameraman, que filmam o jogo, e da própria polícia de segurança. Pequenos pormenores que tornam cada vez mais a atmosfera idêntica a um verdadeiro jogo de futebol. 


A nível de jogabilidade temos algumas mudanças substanciais, com alguns elementos a serem adicionados que facilitam jogar com estratégias mais realistas. Começando pelo passe básico, agora o R1 + X resultará num passe tenso, por vezes mais eficaz que o passe em desmarcação, e o L2 + X fica para os signature pass. A nível de cruzamento a coisa tornou-se mais difícil, sendo que a maior parte deles acaba nas mãos do guarda-redes ou é cortado pelos defesas. Requer alguma prática para os dominar e sorte para que resultem.


A nível de cruzamento a coisa tornou-se mais difícil, sendo que a maior parte deles acaba nas mãos do guarda-redes ou é cortado pelos defesas.


Ultimate Team – Continua fascinante e com muitas horas de vício em cima, as competições offline vão aumentando a sua dificuldade e recompensas, de forma a formarmos a equipa de elite para passar para as disputar online. Temos um novo modelo, Ultimante Team Draft, onde podemos experimentar uma equipa de elite com um variado leque de jogadores, isto não só nos permite entender melhor a Química da equipa como ganhar moedas após disputarmos os jogos que temos disponíveis.


FIFA Interactive World Cup – Um modelo de competição já conhecido, que foi ganho em 2011 por um jogador português, permite-nos realizar 90 jogos em cada uma das três fases de qualificação. Podemos escolher qualquer equipa, já que os overalls de cada jogador são iguais, logo posso muito bem escolher o Estrela da Amadora (era bom que fosse possível) e defrontar o Barcelona de igual para igual. A única coisa engraçada que encontrei, e até mesmo com os overalls iguais, foi o senhor Lionel Messi que continua um super-homem com o seu drible característico.


A única coisa engraçada que encontrei, e até mesmo com os overalls iguais, foi o senhor Lionel Messi que continua um super-homem com o seu drible característico.


Be a Pro – Comecei a minha carreira enquanto jogador no Sporting, recebo os e-mails do treinador a confirmar convocatórias, a informar os jogadores que estão ao serviço da selecção e lesionados, e do meu agente a relembrar-me os meus objectivos enquanto jogador. Posso treinar-me especificamente antes dos jogos já com exercícios e respectivas dificuldades pré-defenidas e assim conseguir ao fim de algum tempo progredir um ponto na característica em que me foquei. Finalmente, não começo a época e sou automaticamente emprestado, como acontecia anteriormente, mas ao invés serão me dadas algumas oportunidades para mostrar o meu valor na equipa principal, outros jogos terei de os simular por não ser convocado.


Seasons – Aventurei-me pelo online e escolhi o Arsenal para ter a minha primeira experiência. Como já seria de esperar, vi-me frente-a-frente com o Real Madrid, algo que não era nada óbvio. Tudo começou bem até ser marcado um penalty contra mim, no entanto, consegui defender o remate do nosso CR7 para mais tarde no jogo vir a marcar o golo que me daria a vitória. Umas quantas partidas se seguiram e posso desde já afirmar que o FIFA mantém plenamente a imprevisibilidade do online que resulta em comandos arremessados contra a parede, uma grande fonte de rendimento das empresas de consolas.


FIFA mantém plenamente a imprevisibilidade do online que resulta em comandos arremessados contra a parede, uma grande fonte de rendimento das empresas de consolas.


Women – A grande novidade também me deixou curioso. Aponto já a parte gráfica facial que está com bons pormenores mas o restante é a mesma base, apenas esticando ou encurtando o corpo. A nível de jogabilidade, os overalls estão equiparados aos masculinos, noto apenas alguma falta de força no remate das jogadoras mas onde a sua velocidade e agilidade são privilegiadas. Temos 12 selecções nacionais para escolher e a Taça Feminina para disputar. Agora para deixar os verdadeiros pros de FIFA menos entusiasmados, o jogo não permite que sejam realizados jogos com equipas de sexos opostos, impedindo assim que quem saiba jogar "envergonhe" os amigos ou adversários.





A evolução não foi grande, mas manteve-se o bom nível visual e realista de um jogo de futebol. Fiquei satisfeito com o foco nos gráficos faciais das jogadoras femininas. Todo o ambiente envolvente está cada vez melhor.



Apesar de estar praticamente igual, apenas com uns quantos novos comandos, já se sabe que a jogabilidade de FIFA e o seu motor são os melhores de momento. O bom vício aliado a um realismo cada vez mais próximo torna-o novamente no Rei dos simuladores de futebol.



A banda sonora este ano ficou um pouco aquém, sendo que as músicas do menu são entediantes e algo iguais. A nível in-game não houve grandes alterações, mas com as condições certas conseguimos ter um grande ambiente de estádio. Os comentários são mais diversificados, mas cansam ao fim de pouco tempo. Quando retornam os comentários em Português?



Penso que será o jogo da série onde os jogadores dispenderão mais horas de jogo. Nem eu próprio sei se me agarre ao offline, seja a construir a minha carreira de jogador e treinador, seja a construir a minha Ultimate Team, a aperfeiçoar todos os desafios de treino ou a dominar as equipas femininas, ou me agarrare ao online a sonhar com a FIFA Interactive World Cup, a dominar com a Ultimate Team ou subir a mostrar a minha qualidade no Seasons.



Esperava mais da Electronic Arts para este FIFA 16, esperava maiores e não tão subtis diferenças após um ano. Eu que costumo adquirir jogos deste género apenas de 2 em 2 anos para que surjam diferenças substanciais, aconselho-vos a fazer o mesmo caso tenham em vossa posse o FIFA 15. Claro que, para fanáticos de simuladores de futebol e do próprio desporto, esta é a melhor oportunidade que têm de ter mais um ano repleto de vício. Queria só deixar um apelo final à Electronic Arts: a Konami apresentou o PES 2016 que parece estar a melhorar o seu motor de ano para ano e, apesar de o FIFA ter quase o lugar no pódio reservado, apelo a que não se encostem à sombra da bananeira, e não se esqueçam que o vosso maior adversário são vocês mesmos.




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