Super Meat Boy - Análise



ANÁLISES


Versão testada: PS Vita



















Será sempre indiscutível a importância de Super Mario Bros. perante toda a minha vida, principalmente enquanto profundo amante de videojogos. Mais do que o "pai" dos jogos de plataformas, o brilhante jogo da Nintendo conseguiu inspirar futuras gerações ao mesmo tempo que se reconhece como intemporal. Talvez seja essa razão pela qual adoro as produções indies - que têm a vindo a ocupar o tenebroso vazio entre os lançamentos de títulos AAA – que tanto se orgulham das suas simples bases culturais.

No entanto, se existe uma verdadeira homenagem ao mais famoso canalizador da indústria, então é claramente oferecida por Super Meat Boy. Não só partilham as mesmas iniciais (SMB) como também todas as bases de jogabilidade e física. Para muitos isto não será uma surpresa, mas só agora é que Super Meat Boy se encontra disponível nas plataformas da Sony, possibilitando assim a crítica aqui presente.

Veredicto

O pormenor mais diferenciador do jogo – colocando-o numa liga à parte - é claramente o seu humor. Super Meat Boy deixa de parte uma abordagem mais familiar e heróica, dando asas a um humor negro e super hilariante que faz lembrar episódios de séries como Family Guy e American Dad. Para começar, a personagem principal é um pedaço de carne! Exatamente o que leram, um mero PEDAÇO DE CARNE! Tudo corria na perfeição até ao momento em que Dr. Fetus – o vilão que odeia o Meat Boy sabe-se lá porquê – decide raptar a amada do herói, mais precisamente a Bondage Girl. Como podem reparar, as parecenças no argumento com um certo clássico são mais do que enormes, no entanto isso em nada afeta o jogo ou os seus jogadores. 


“Durante a minha experiência com o jogo, devo ter morrido umas 2 vezes… pronto 2 MIL vezes!”


A ideia por detrás de Super Meat Boy não é criar algo original, sendo sim colocar desafios severamente difíceis nas mãos dos jogadores e recompensá-los com uma narrativa curta e divertida. Durante a minha experiência com o jogo, devo ter morrido umas 2 vezes… pronto 2 MIL vezes! A sério, difícil nem é uma palavra que consiga descrever o quanto este jogo aparenta ser na sua dificuldade. É provável que já não encontre em mim uma determinação total, que em outrora – durante os meus tempos de maior juventude – faziam de mim um não desistente! Mas não tenho vergonha de admitir que desafios com elevada dificuldade tendem a tirar-me alguma vontade de jogar. Percebo perfeitamente o encanto por detrás de tais jogos, porém o que procuro ao jogar um videojogo é absorver momentos de diversão e (muitas vezes) relaxamento. Esta crítica – algo negativa – fica por minha conta, mas na minha honesta opinião este é um jogo demasiado difícil que acaba por irritar. 


Se este aspeto é totalmente negativo ou positivo, vai depender inteiramente do jogador. Por outro lado, o meu sucesso no concluir dos níveis – ainda que de difícil alcance – garantia sempre um certo charme e contentamento na minha interação com o jogo. Para além disso, poder jogar um dos mais aclamados indies de sempre – que por sua vez fora incluído no brilhante documentário Indie Game: The Movie – na PS Vita será para mim sempre uma mais-valia. Como costumo dizer, se existe na PS Vita então é melhor (quase sempre) na PS Vita! O jogo assenta bem na portátil, no entanto é verdade que alguns detalhes se afirmam como uma demasia constante perante o “pequeno” ecrã da consola. Caso possuam uma PS4, talvez pensem em experimentar lá primeiro para ficarem como uma ideia do fantástico trabalho realizado no port. Todavia, Super Meat Boy é na minha opinião perfeito para jogar em doses curtas e de forma portátil, sendo a PS Vita a plataforma de eleição. 


“Possuiu uma fantástica direção artística - assim como um design de níveis bastante interessante - que foge ao tradicional pixel-art encontrado em quase todas as produções indies.”


O grafismo em nada se torna especial, apresentando-se como um título criado inteiramente em flash. Possuiu uma fantástica direção artística - assim como um design de níveis bastante interessante - que foge ao tradicional pixel-art encontrado em quase todas as produções indies. Este aspeto é meramente positivo, acrescentando maior diversidade a um tendência cada vez mais presente na indústria dos videojogos. Por outro lado, a componente sonora é muito boa. Adapta-se perfeitamente ao estilo do jogo, disponibilizando um trabalho muito positivo pelo seu criador. 

Deve-se ter em conta que a banda sonora foi alterada nas versões PS4 e PS Vita, no entanto esta é a primeira vez que experimento Super Meat Boy, o que acaba por não afetar de forma alguma a minha experiência final. A longevidade deste produto é deveras interessante. Existem quatro mundos com imensos níveis por concluir, prolongando-se ainda mais devido à sua enorme dificuldade. Penso que o preço de 14.99€ acaba por se identificar como justificável, no entanto os subscritores do serviço PS Plus têm acesso ao jogo de forma gratuita (cross-buy PS4/PS Vita) durante todo o mês de Outubro, o que acaba por fortalecer o fantástico serviço criado pela PlayStation. 




A direção artística é diferente dos restantes indies, o que acaba por jogar em seu favor. Contudo, não existe nada que se afirme como sendo muito bom.



A jogabilidade tem os dois lados da moeda: de certa forma é divertida, desafiante e brilhantemente apresentada; por outro lado o jogo é demasiado difícil. Talvez, se existisse um equilíbrio maior a nota poderia ser mais elevada.



Sendo um trabalho diferente do original ou não, a banda sonora cumpre bem o seu importante papel. As melodias são interessantes e acabam por melhorar a qualidade do produto final.



Aqui admito que o tempo de jogo não está diretamente no conteúdo, mas sim nas milhares de tentativas que irão fazer para conseguirem completar todos os mundos.


Sistema de pontuação
Finalmente é possível dizer que Super Meat Boy está nas consolas da Sony! Não só é uma mais-valia para as respetivas plataformas, como o próprio jogo encontrou uma nova e lucrativa casa. Se conseguirem ultrapassar as barreiras impostas pelos assustadores desafios, então têm em mãos um indie de excelente qualidade. 



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