A arte existente no entretenimento mediático é merecedora de longos e sinceros elogios. Após várias horas de trabalho/estudo seguidas, o nosso espírito – seja ele físico ou psicológico – procura relaxar-se muitas vezes na companhia das criações artísticas provenientes do mundo que nos rodeia. Dependendo de indivíduo para indivíduo, estes momentos podem variar entre a visualização de vídeos online, retenção de informação digital, socialização com pessoas próximas, jogar videojogos, etc..., contudo, são poucas as vezes em que pensamos em dar valor ao que nos é oferecido.

As experiências artísticas ou mediáticas que enchem os nossos dias de alegria provêm de criadores especializados nas mesmas, sendo que sem eles o ciclo – diria até com boa intenção "vicioso" – é quebrado sem equivalente. Sinceramente, eu não quero viver num mundo onde os criativos deixem de poder realizar o seu trabalho/paixão por simples motivos de egoísmo e/ou inveja.

“Até que ponto podemos voltar a confiar numa publicação que distorça realidades para o seu bem próprio?”

Apesar de se tratar de um assunto com uma amplitude significativa, devo admitir que falo mais especificamente da nova polémica envolvente em torno do mais famoso youtuber "PewDiePie". A repugnante acusação de que PewDiePie é um neonazi só demonstra que muitas vezes na sociedade não existem limites nos meios aplicados para se chegar a um fim! Querem saber o mais interessante?! A acusa foi feita através de um artigo criado para o famoso jornal norte-americano "Wall Street Jornal", sendo supostamente um meio informativo de extrema fiabilidade comunicativa. 

Infelizmente, todo o artigo foi elaborado através de uma rigorosa construção fictícia e não transmite qualquer tipo de verdade. Isto é, na minha sincera opinião, assustador no mínimo! Até que ponto podemos voltar a confiar numa publicação que distorça realidades para o seu bem próprio? Sabemos que a nossa espécie é egoísta, mas não podemos deixar que isso sirva de desculpa em 2017. Talvez PewDiePie tenha feito algumas piadas com grande carácter emocional em momentos menos oportunos, no entanto sei que as suas intenções eram inocentes e puras. Estamos a falar de um mero ser humano, igual a todos nós! Estamos a falar de uma personalidade que utiliza o humorismo nas suas criações! Se entrarmos neste seguimento descomunal de crítica, então quer isso dizer que os comediantes devem deixar de existir?!

“Desejo apenas mencionar o enorme orgulho que possuo ao escrever para o Gamer Source, visto tratar-se de um meio de comunicação digno de respeito e louvor.”

Para mim, ainda me custa mais ler comentários repletos de puro ódio e sem fundamento prático. Somos assim tão felizes ao desejar o pior a pessoas que nada de mal nos fizeram? Respeito quem não goste do seu conteúdo, mas existe uma solução muito simples para esse problema: simplesmente não o vejam. Compreendo perfeitamente a sua frustração, ainda mais quando as pessoas usam o seu nome – e todos os seus feitos – de forma distorcida e com um propósito verdadeiramente ganancioso. 

Eu próprio me afirmo como um criativo multimédia, criando obras cinematográficas (independentes), fotográficas e de design gráfico, e foram muitas as vezes em que pessoas próximas me copiaram ideias criativas, alimentando-se do meu sucesso e de todo o meu trabalho sem nunca me reconhecerem por tal. Porém, muito sinceramente essas atitudes são o melhor elogio que me podiam dar, pois significa que as minhas obras têm valor e qualidade de sobra, aumentando ainda mais o meu apetite para criar. Penso que esta afirmação se adequa perfeitamente a PewDiePie, visto que a sua monstruosa importância no mundo do entretenimento digital provoca este tipo de atitudes imprudentes.

Para finalizar todo este desabafo, desejo apenas mencionar o enorme orgulho que possuo ao escrever para o Gamer Source, visto tratar-se de um meio de comunicação digno de respeito e louvor. Mais do que isso, sinto-me internamente lisonjeado por me oferecerem um lugar na equipa e também por permitirem a partilha da minha "palavra" entre os fantásticos leitores que tanto nos seguem. Posto isto, se tal me for permitido, quero apenas deixar de forma bem clara e concisa a minha sincera apreciação sobre este gravíssimo problema! Que a minha anteriormente referida "palavra" seja a convicção de muitos e que possibilite uma mudança deveras positiva no mundo informativo/mediático, partilhando a devida informação com largas escalas de honestidade.